As rappers Nídia e Mynda Guevara, a poeta Alice Neto de Sousa e o grupo Batukadeiras X são alguns dos nomes que integram o programa Jardim de Verão, em Lisboa, a partir do dia 24, revelou a organização.

Depois de um ano de interregno, por causa da pandemia da Covid-19, a Fundação Calouste Gulbenkian retoma o Jardim de Verão, um programa cultural ao ar livre e que, este ano, conta com curadorias de Dino d’Santiago, Lisboa Criola e Olivier Hadouchi.

A programação deste ano, que terá música, poesia, cinema e performance repartida por três palcos, está ancorada na exposição coletiva “Europa Oxalá”, patente na fundação até agosto e que reúne obras de artistas “nascidos e criados num contexto pós-colonial” em África.

Até 10 de julho, o Jardim de Verão vai acolher atuações de artistas e grupos que recuperam “memórias rítmicas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, da República Centro-Africana e da Gâmbia, casam com a eletrónica global, saem dos Bairros Sociais e cercam a capital portuguesa”, afirmam os curadores em nota de imprensa.

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Entre os convidados estão a dupla Acácia Maior, o grupo Banda Monte Cara, o músico NBC, vários DJ e produtores ligados à Príncipe Discos — Nídia, DJ Marfox, DJ Danifox, DJ Lilocox –, o tocador de kora Mbye Ebrima ou a cantora Sílvia Barros.

Na vertente de cinema, o Jardim de Verão conta com filmes que “questionam e deslocam certezas e vêm relembrar que a independência — que doravante permite a dupla pertença — é também uma forma de olhar o mundo, de o habitar e de o encarnar de modo diverso”.

Entre os filmes escolhidos estão “Margem Atlântica” (2006), de Ariel de Bigault, “Karingana — Os mortos não contam estórias” (2020, de Inadelso Cossa, e “Independência” (2015), de Fradique.