A PSP divulgou nesta terça-feira que registou este ano para investigação, até 31 de maio, 3.229 furtos e roubos em residências na sua área de intervenção e fez 62 detenções por estes crimes.

De acordo com dados da PSP nesta terça-feira divulgados, até 31 de maio deste ano, aquela polícia tem em investigação 1.756 furtos em residência com arrombamento, escalamento ou utilização de chave falsa, 776 furtos por outros métodos, 116 roubos em residência e 581 furtos em área anexa a residência, o que perfaz um total de 3.229 ocorrências.

Nos últimos três anos, apontam os dados, a PSP investigou 13.086 furtos em residências com arrombamento, escalamento ou uso de chave falsa, 5.826 furtos por outros métodos, 1.124 roubos em residências e 5.689 furtos em área anexas (como garagens e anexos, entre outros), totalizando 25.725 casos. No mesmo período foram efetuadas 526 detenções por estes crimes.

Em 2019, a PSP contabilizou 8.851 crimes de assaltos a residências, número que desceu em 2020 para 8.436 de subiu em 2021 para 8.438.

Contabilizando por áreas, em 2019 foram registados 4.875 furtos em residências com arrombamento, escalamento ou chave falsa, 2.114 furtos em residências sem arrombamento, escalamento ou chaves falsas, 380 roubos em residências e 1.482 furtos em áreas anexas.

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Em 2020 foram registados 4.019 furtos em residências com arrombamento, escalamento ou chave falsa, 1.838 furtos em residências sem arrombamento, escalamento ou chaves falsas, 408 roubos em residências e 2.171 furtos em áreas anexas.

No ano de 2021 existem autos de ocorrência de 4.192 furtos em residências com arrombamento, escalamento ou chave falsa, 1.874 furtos em residências sem arrombamento, escalamento ou chaves falsas, 336 roubos em residências e 2.036 furtos em áreas anexas.

Em 2019 foram detidos por estes crimes 90 pessoas, total que aumentou para 92 no ano seguinte e para 99 em 2021.

Face a esta criminalidade, a PSP associa-se na quinta-feira à campanha europeia anual de sensibilização para a prevenção do crime de furto em residência, designada de “Prevenção do crime de furto em residência -European Focus Day”.

Este dia destina-se a ações de informação e de sensibilização dos cidadãos, é dinamizado pela European Crime Prevention Network (EUCPN) e conta com a participação da Europol, Comissão Europeia e 26 países da União Europeia, incluindo Portugal, que participa nesta iniciativa desde a sua criação em 2019, por intermédio da PSP.

Segundo a PSP, “o objetivo primordial desta campanha à escala europeia é sensibilizar os cidadãos para a importância da prevenção e divulgar conselhos de autoproteção contra os furtos em interior de residência”.

Para combater este tipo de criminalidade, a PSP disponibiliza em Portugal o programa “Verão Seguro — Chave Direta, que se constitui como medida de prevenção e reforço da segurança das residências, especialmente quando as famílias se ausentam por períodos de tempo mais longos, geralmente por motivos de férias.

A ausência dos moradores é comunicada à PSP diretamente nas esquadras ou por intermédio do sítio https://veraoseguro.mai.gov.pt/Pages/Home.aspx, possibilitando que estas residências sejam objeto de especial atenção pelos agentes policiais.

No âmbito desta campanha, nos últimos três anos a PSP recebeu 5.882 pedidos de vigilância a residências. Destas, 19 foram alvo deste crime (tentado ou consumado), o que significa uma percentagem de 0,3%.

Além da ativação do programa de vigilância a residências, a PSP também efetua ações de sensibilização junto dos cidadãos a abordar os temas “Furtos e Roubos” e “Segurança na Residência”, tendo, entre 2018 e 2021 sido realizadas 800 ações de sensibilização que envolveram cerca de 18 cidadãos.

A PSP aconselha a todos os moradores que informem a esquadra da sua área de residência, ou através do site, da ausência do domicílio, que se certifiquem que as janelas e portas ficam bem trancadas e, caso queiram publicitar as ausências nas redes sociais, que o façam após regressarem.

A polícia apela a que se denuncie estes crimes, mesmo que não passem de tentativas, que os moradores solicitem a alguém da sua confiança que recolha o correio e evite que a caixa fique cheia, que as portas de acesso a áreas comuns ou via pública sejam sempre trancadas (em vez de fechadas apenas no trinco) e sublinha que as redes de solidariedade entre vizinhos são um dos meios mais eficazes de prevenção.