O presidente da Câmara do Porto afirmou esta terça-feira ser preciso “prudência” relativamente às demoras nos aeroportos, que considerou fruto do “desinvestimento” durante a pandemia, e defendeu que o aeroporto do Porto “não pode ser um refúgio” do de Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da câmara, Rui Moreira, salientou que as infraestruturas aeroportuárias “ainda não recuperaram plenamente daquilo que foi o desinvestimento na pandemia da Covid-19“.

“Temos de ter prudência de perceber que não somos só nós”, afirmou o independente, defendendo, contudo, a necessidade de o ministério da Administração Interna (MAI) “revisitar” o tema do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

“Não podemos ter um corpo policial que, por várias razões, está a provocar um enorme dano na economia do país. Isso é uma coisa que a todos nos deve preocupar”, destacou o autarca.

Questionado sobre a possibilidade de alguns voos serem desviados para o aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, Rui Moreira disse não se pronunciar sobre decisões que considerou “operacionais”, mas lembrou que o aeroporto do Porto “não pode ser um refúgio”.

Quando as coisas não funcionam em Lisboa nós acolhemos no Porto? Peço desculpa, a minha visão para cidade, região e aeroporto são visões estratégicas de longo prazo. Durante a pandemia andámos a valer uns aos outros, agora de facto temos um fator de competitividade e não quero o aeroporto do Porto como aeroporto refúgio, para isso há outros, como o de Beja, é lá perto”, salientou.

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