A cimeira da Aliança Atlântica, entre 28 e 30 de junho, realiza-se numa altura crítica, quando decorre uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia, invadida pelo país vizinho a em 24 de fevereiro.
O Japão não é membro da NATO e a sua Constituição é pacifista, mas este membro do G7 e aliado próximo dos Estados Unidos participa nas sanções internacionais contra Moscovo e entregou também equipamentos militares defensivos à Ucrânia.
“Como o único país asiático no G7, as capacidades diplomáticas do Japão estão a ser testadas”, disse Kishida aos jornalistas, lembrando que as tentativas de mudar unilateralmente o ‘status quo’ pela força não devem ser toleradas “em lugar nenhum do mundo”.
A participação na cimeira da NATO será “uma estreia para um primeiro-ministro japonês”, indicou Kishida, acrescentando que pretende sublinhar nesta reunião as ligações entre as preocupações de segurança na Europa e na Ásia, onde as ambições geopolíticas da China, aliada da Rússia, preocupam Tóquio, entre outros países.
Kishida organizou uma cimeira no final de maio do grupo Diálogo de Segurança Quadrilateral (Quad), uma aliança informal que reúne Japão, Estados Unidos, Austrália e Índia, com o objetivo de equilibrar a crescente influência da China na região Ásia-Pacífico.
“A Ucrânia pode ser o leste Asiático amanhã”, disse Kishida na sexta-feira, numa conferência sobre a segurança regional, em Singapura.
A Suécia e a Finlândia, que aspiram entrar para a NATO e lutam contra as objeções da Turquia, também participarão na cimeira da Aliança em Madrid, tal como o novo Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, na primeira participação de um chefe de Estado da Coreia do Sul.