A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) lamentou esta sexta-feira ainda não ter sido recebida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Há cerca de 2.340 dias que o atual Comandante Supremo das Forças Armadas e as associações profissionais militares convivem e partilham o espaço público, contudo, apesar dos muitos pedidos realizados, o Comandante Supremo das Forças Armadas ainda não encontrou espaço na sua agenda para falar pessoalmente com as associações profissionais militares, nomeadamente a AOFA”, lê-se num comunicado.

Na nota, assinada pelo presidente do Conselho Nacional da AOFA, tenente-coronel António Mota, esta associação defende que “o motivo para tal não é entendível quando é público o vasto número de entidades e personalidades recebidas por Sua Excelência, o Presidente da República”.

Os militares demonstraram desagrado com o comportamento de Marcelo Rebelo de Sousa “num momento da vida profissional dos militares das Forças Armadas Portuguesas, tão louvados, quanto na verdade, maltratados, desconsiderados, manifestamente mal pagos e ostracizados do exercício pleno dos mais elementares direitos de cidadania, cada vez mais agravados e perpetuados”, acrescentam.

Para a AOFA, “a dureza da realidade não encontra conforto em retóricas de oportunidade”.

“A verdade, a frontalidade e a lealdade assim nos obrigam, dando ora pública notícia deste facto e do sentimento de incompreensão vivido entre os militares quanto a esta circunstância”, rematam.

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