Um repórter palestiniano, que trabalha para uma agência de notícias iraniana, foi raptado e espancado por um grupo de homens armados, após a cobertura jornalística de uma violenta dispersão a uma manifestação estudantil, ocorrida esta semana na Cisjordânia.

Segundo a AP, que cita a agência de notícias Tasnim, na terça-feira um grupo de homens, também palestinianos, forçaram Samer Khuaira a entrar num carro, com uma arma apontada, e depois espancaram-no e ameaçaram-no.

Os raptores, que libertaram o jornalista cerca de meia hora depois, alegaram que a cobertura jornalística do evento “prejudicou a Autoridade Palestiniana e o movimento secular Fath”.

Samer Khuaira identificou um dos seus raptores como pertencendo às forças de segurança da Palestina, tendo já o Sindicato Palestiniano de Jornalistas condenado o ataque.

As autoridades palestinianas ainda não se manifestaram sobre este incidente.

Na manhã de terça-feira, guardas de segurança da Universidade al-Najah, em Nablus, dispersaram violentamente os estudantes islâmicos. Vídeos divulgados online mostraram os guardas a bater nos estudantes e o que parecia ser forças de segurança à paisana a dispararem para o ar, perto da Universidade.

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A Fatah domina as agências de segurança que operam nas partes da Cisjordânia ocupada por Israel, onde a Autoridade Palestiniana tem uma autonomia limitada.

Tanto a Autoridade Palestiniana, liderada pela Fatah, como o seu principal rival, o grupo militante islâmico Hamas, que governa Gaza, reprimem, com frequência, os opositores políticos nas áreas que controlam.

O Irão apoia o Hamas e outros grupos militantes islâmicos.