O Governo não vai alterar as perspetivas económicas, nem mesmo depois de o Banco de Portugal ter feito mudanças nas projeções para o crescimento e para a inflação, reconhecendo que poderá superar os 6%. “Neste momento mantemos as projeções que constam do Orçamento de Estado que, espero, entrará em vigor muito em breve“, afirmou Medina à saída de uma reunião do Ecofin onde terá sublinhado que Portugal teve em 2021 e voltará a ter em 2022 um défice público menor do que a Alemanha.

“Estamos bem a fazer a nossa parte”, afirmou Fernando Medina, em declarações transmitidas pela RTP3 esta sexta-feira, à margem de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia. “Aliás, tive a oportunidade de referir algo que não muitas vezes acontece na nossa História, que Portugal teve já no ano passado um défice inferior ao da Alemanha e este ano teremos de novo um défice público inferior ao da Alemanha“.

Ainda não foi possível nesta reunião do Ecofin, porém, chegar a uma conclusão sobre a escolha do próximo líder do Mecanismo Europeu de Estabilidade — uma corrida onde está o ex-ministro das Finanças João Leão. “Veremos nos próximos dias e semanas”, afirmou Medina, assinalando que nesta matéria e em todas as outras “Portugal será sempre parte de uma solução e não do problema“.

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Medina considerou, também, “muito importante a afirmação da senhora governadora do BCE sobre a determinação para evitar a fragmentação dos mercados da dívida soberana”. “Tenho confiança que o BCE fará aquilo que for necessário e que será suficiente para evitar esses riscos“, concluiu o ministro das Finanças.

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