Os partos nos hospitais privados estão a aumentar, principalmente na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). De acordo com o jornal Público, os estabelecimentos de saúde dos três grandes grupos privados realizaram 28,5% do total de partos só em Lisboa e Amadora.

Nos hospitais públicos destes dois municípios realizaram-se 23.408 em 2021, divididos por 13 estabelecimentos de saúde, sendo que a Maternidade Alfredo da Costa surge no primeiro lugar com 2866 nascimentos. Já no privado, a CUF Descobertas (o hospital privado onde se realizaram mais partos) surge com 2916 nascimentos, mais do que o hospital público com mais nascimentos.

O sentido é exatamente o mesmo nos hospitais do top 3 em número de partos, com o Hospital da Luz de Lisboa (2898) a ficar à frente do segundo onde houve mais nascimentos no setor público (o Hospital Garcia de Orta, com 2552) e com os Lusíadas de Lisboa a realizarem mais partos do que o Hospital Beatriz Ângelo, com 2452 e 2295, respetivamente.

Em declarações ao Público, Nuno Clode, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal e coordenador do serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital CUF Torres Vedras, explica que “não há comparação possível entre o público e o privado”, sendo que nos hospitais públicos os partos são uma pequena parte das urgências de ginecologia e obstetrícia.

Porém, justifica o aumento dos partos em hospitais privados com o facto de ter havido um “aumento dos seguros de saúde e o facto de muitas das maternidades públicas não permitirem a presença do pai em permanência”, sendo que nos hospitais privados há quartos privados para os casais.

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