O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, anunciou que, desde 1 de junho, a autarquia vai recompensar cidadãos e empresas que pagaram multas por violar as restrições da pandemia da Covid-19.

Segundo o diário espanhol El Mundo, todas as violações das medidas restritivas — exceto o não cumprimento do confinamento para quem contraiu a infeção — vão ser perdoadas e as multas que não chegaram a ser pagas serão anuladas.

Com a decisão, a Câmara de Moscovo deixará de cobrar ou devolverá cerca de 13.600 milhões de rublos [199 milhões de euros]. Esta medida surgiu para fazer face às sanções financeiras que o Ocidente impôs devido à invasão da Ucrânia, de maneira a dar apoio às empresas nacionais.

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A Rússia enfrenta uma crise económica que se vai agravando. A invasão da Ucrânia tem tido grandes impactos na economia, que pode cair 15%, sobretudo devido às limitações na exportação de petróleo e gás.

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O El Mundo adianta que o produto interno bruto (PIB) da Rússia contraiu 3% em abril em relação ao ano anterior.

Se, há cerca de um ano, o combate ao vírus era a prioridade, agora passou para segundo plano. Em abril, a máscara caiu, o plano de vacinação deixou de ser obrigatório e o boletim de casos diários do dia 20 de junho contabilizou cerca de 2.667 novos casos e 54 mortes de Covid, segundo a agência de notícias russa TASS.

O jornal “The Moscow Times” avançou que os russos foram vacinados com uma vacina contra o SARS-CoV-2 fora de prazo, apesar de o Ministério da Saúde ter aprovado o uso das doses após prolongar a validade das mesmas. Epidemiologistas acreditam que não é perigoso, mas dizem que pode ser inútil.

No verão de 2020, a Rússia apresentou a vacina Sputnik V contra a Covid-19, desenvolvida por instituições estatais, que foi considerada por Moscovo um sucesso histórico do país.

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