Uma juíza no sul de Itália determinou que o realizador Paul Haggis vai permanecer sob detenção no hotel em que se encontra, enquanto os procuradores italianos continuam a investigar as acusações de uma mulher sobre abuso sexual.

O realizador, premiado pela da Academia de Cinema, foi acusado por uma mulher de a ter forçado a sexo durante dois dias, noticiaram os jornais italianos.

Depois de conduzir uma audiência que durou várias horas, no Tribunal e Brindisi, a juíza Vilma Gilli assinou a decisão que prolonga a detenção, por enquanto no hotel na cidade de Ostuni, onde era suposto o realizador participar num festival de artes esta semana, de acordo com o diário Corriere della Sera.

As agências de notícias Ansa e LaPresse afirmam que Villi concluiu que apesar de o realizador de 69 anos não apresentar risco de fuga, havia o “perigo” de as provas serem comprometidas ou de o alegado crime se repetir.

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A advogada de Haggis, Michele Laforgia, disse no final da audiência que o seu cliente reiterou total inocência e está numa “expectativa esperançosa” de que será finalmente ilibado.

“Paul Haggis respondeu a todas as questões e explicou o que aconteceu”, declarou Laforgia aos jornalistas à saída do tribunal.

“Declarou-se totalmente inocente, tal como havia feito logo após a detenção, no sentido de que o sexo com esta mulher foi totalmente consensual”, acrescentou.

Enquanto as acusações da mulher são investigadas, o realizador de origem canadiana, produtor e argumentista, foi inicialmente colocado sob ordens para permanecer detido no seu alojamento numa quinta em Ostuni, uma popular cidade em Puglia, a região que forma o “salto” da península italiana.

Os procuradores afirmaram que está sob investigação por violência sexual agravada e injurias pessoais agravadas.

Os procuradores descreveram a mulher como jovem e estrangeira. A televisão estatal e outros media italianos dizem que tem 30 anos, que é inglesa e terá conhecido Haggis antes de o produtor viajar para Ostuni para participar no festival de artes.

Haggis co-escreveu, dirigiu e produziu “Crash,” que ganhou, em 2006, o Óscar da Academia para melhor fotografia e melhor argumento.

Também escreveu o argumento para “Million Dollar Baby”, outro vencedor dos oscares.

Teve problemas legais nos últimos anos relacionados com acusações de má conduta sexual por quatro mulheres nos Estados Unidos.