O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, que toma posse esta quarta-feira para um segundo mandato de quatro anos, pretende investir cerca de 100 milhões de euros na requalificação e construção de infraestruturas para estudar e viver.

António de Sousa Pereira foi reeleito reitor da Universidade do Porto (U. Porto) a 6 de maio para um segundo mandato de quatro anos, com 13 dos 23 votos dos membros do Conselho Geral.

Na cerimónia de tomada de posse, que se realiza pelas 11h00 no Salão Nobre da Reitoria, o reitor vai dar a conhecer os novos “investimentos e projetos” para a instituição, onde serão investidos cerca de 100 milhões de euros em infraestruturas, adiantou à Lusa a U. Porto.

Em causa está a requalificação de alguns espaços da universidade e a construção de outros, nomeadamente, novos espaços para “estudar e investigar”, mas também novos alojamentos e espaços dedicados à cultura e arte.

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Entre os projetos, destacam-se a expansão da Faculdade de Belas Artes e da Faculdade de Desporto, mas também a construção de mais três edifícios na Faculdade de Engenharia.

A requalificação da Faculdade de Medicina no edifício partilhado com o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), a reconstrução do Aquário da Foz e a conclusão do novo Estádio Universitário são também alguns dos projetos prioritários para os próximos quatro anos.

A par do investimento nas unidades orgânicas da U. Porto, António de Sousa Pereira pretende criar novas residências universitárias, sendo que esta aposta vai permitir “quase duplicar a oferta de camas da universidade”.

A aposta em novas residências universitárias está a ser desenvolvida em articulação com algumas autarquias do distrito, como é o caso da Câmara do Porto, com quem a U. Porto irá submeter duas candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de uma residência no Monte Pedral, com 200 camas, e outra no Morro da Sé, também com cerca de 200 camas.

Além destes alojamentos e da residência universitária situada no centro histórico sob a gestão da Federação Académica do Porto (FAP), que terá 20 quartos, a U. Porto tem previstas mais candidaturas ao PRR, adiantou em março à Lusa António de Sousa Pereira aquando do 111.º aniversário da U. Porto.

Uma das candidaturas destina-se à reabilitação de camas já existentes em diferentes residências espalhadas pela cidade, e outras duas serão “exclusivas” da U. Porto para a construção de uma residência universitária na Rua Boa Hora, com cerca de 250 quartos, e para a construção de uma residência na Asprela, com cerca de 150 quartos.

Outro dos objetivos do reitor para este segundo mandato passa pela instalação do Centro de Investigação para a Saúde Humana e Animal no concelho da Maia, bem como o novo campus a ser desenvolvido na antiga refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, e cujo valor não está incluído nos cerca de 100 milhões de euros a investir.

Na cerimónia de tomada de posse, será também apresentada a equipa reitoral, composta por vice-reitores e pró-reitores, de acordo com os pelouros e áreas de ação atribuídas. A equipa é composta por José Castro Lopes, Fátima Vieira, Pedro Rodrigues, Ana Camanho, Pedro Alves Costa, Maria Joana Carvalho, Joana Resende, Sónia Valente Rodrigues, Olívia Pestana, Pedro Brandão e Mário Pimentel.

Na sessão vão marcar presença o presidente do Conselho Geral da U.Porto, Fernando Freire de Sousa, o presidente do Conselho de Curadores da U.Porto, Luís Braga da Cruz, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e vários membros de instituições do país e da região.