Só nos primeiros cinco meses de 2022, a Segurança Social atribuiu mais de dois milhões de prestações de doença — 2.016.848 é o número exato —, o que representa um aumento de 82% face ao mesmo período do ano passado, em que foram passadas 1.104.222 baixas médicas. Na conversão em euros, significa que entre janeiro e maio o Estado gastou 627 milhões de euros nestas prestações, mais 40,9% do que no período homólogo de 2021, em que foram 445 os milhões de euros canalizados para o mesmo fim.

Os números, contabilizados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, estão a ser esta sexta-feira avançados pelo Público e dizem respeito a prestações concedidas por subsídio de doença, subsídio de doença profissional, subsídio de tuberculose, concessão provisória de subsídio de doença, baixas por contágio e também ao subsídio de isolamento profilático pelo SARS-CoV-2 — este último item ajudará a explicar a escalada de baixas concedidas, que coincidem com a disseminação da variante Ómicron em Portugal, menos grave mas muito mais transmissível.

Só em maio deste ano, mês cujo último dia viu os casos positivos em Portugal dispararem para os 50.918 (no mesmo dia de 2021 foram registados 435 novas infeções), foram atribuídas 333.037 baixas médicas, mais 86% do que no mesmo período do ano anterior.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR