Moçambique precisa de 18,7 mil milhões de meticais (cerca de 275 milhões de euros) para cobrir o próximo ciclo eleitoral, informou o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Carlos Matsinhe.

“Esta é a situação geral em termos de necessidades financeiras para gerirmos estas eleições, o total do ciclo eleitoral 2022 a 2025 é de 18,7 mil milhões de meticais”, disse Carlos Matsinhe, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Do total, prosseguiu o presidente da CNE, 3,2 mil milhões de meticais (47 milhões de euros) serão destinados ao exercício económico de 2022, 6,7 mil milhões de meticais (cerca de 100 milhões de euros) para as atividades em 2023, ano em que o país realiza as eleições autárquicas, e 8,7 mil milhões de meticais (129 milhões de euros) para as gerais de 2024, que deveriam incluir pela primeira vez as eleições distritais, apesar das incertezas sobre a sua viabilidade suscitadas recentemente pelo chefe de Estado, Filipe Nyusi.

Apesar de admitir a existência de um défice orçamental provocado por atrasos no desembolso de fundos de parceiros devido ao impacto da Covid-19 e a crise provocada pela invasão russa da Ucrânia, Carlos Matsinhe garantiu que a CNE vai envidar esforços para cumprir o calendário eleitoral.

“Contamos com a colaboração e participação de todos os interessados no processo eleitoral e em todas as fases desde agora até à proclamação dos resultados”, concluiu Carlos Matsinhe.

Moçambique começa em 2023 um novo ciclo eleitoral, com a realização das eleições autárquicas, seguidas de gerais em 2024 (presidenciais, legislativas, provinciais e possivelmente as distritais).

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