Mais de dois terços (68%) dos inquiridos numa sondagem Aximage feita para Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF dizem que já tiveram de alterar os seus padrões de consumo alimentar por causa da atual crise, expressa por um aumento de inflação de 8%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

De entre este total, 40% responderam que começaram a trocar produtos por outros mais baratos, sendo que 34% admitiram que já tiveram de reduzir o consumo e 25% disseram que riscaram mesmo alguns itens da habitual lista de compras. “Alguns produtos agora só compro quando estão com uma boa promoção”, disse um dos 804 entrevistados, que também reconheceram mudanças no que diz respeito ao consumo de combustível.

Entre cortes em passeios de fim de semana e trocas de carro por transportes públicos, 60% dos inquiridos admitiram que já tiveram de adaptar os seus hábitos graças ao aumento dos preços de gasolina e gasóleo. De entre o total de entrevistas conduzidas, só 3% das pessoas disseram não ter ainda dado conta de qualquer aumento de preços, seja em que setor for.

Ainda assim, 67% dos inquiridos defenderam que o Governo deve intervir para limitar a subida de bens essenciais e energia. Só 14% consideraram positiva a resposta do Executivo de António Costa à crise. À mesma pergunta, 46% dos inquiridos responderam de forma contrária — 23% disseram que esta gestão tem sido “má”; outros tantos preferiram superlativar e consideraram a atuação do Governo “muito má”.

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