Nos últimos 10 anos, médicos e investigadores registam o maior decréscimo no ganho médio mensal entre as profissões do setor público, enquanto que deputados e magistrados obtiveram os maiores acréscimos.

Sendo a segunda profissão com maior baixa nos salários, segundo o balanço da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), os médicos observaram uma queda de cerca de 1,85% (cerca de 68,39 euros) dos seus rendimentos mensais, incluindo bonificações, nos últimos 10 anos, de acordo com o Jornal de Notícias.

Com a ausência de profissionais de obstetrícia a estar entre os temas da ordem do dia, a ministra da Saúde, Marta Temido, já admitiu negociar possíveis aumentos salariais com os médicos responsáveis pelos serviços de urgência.

No caso dos investigadores, a deflação do ganho médio mensal foi de 13,34% (cerca de 423,27 euros), sendo aqueles que tiveram a maior queda.

“O decreto-lei 57 em 2017 que o que fez foi transformar as bolsas de pós-doutoramento em contratos de trabalho de até seis anos”, explica a presidente da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica, Bárbara Carvalho, ao mesmo Jornal de Notícias.

A entrada desses bolseiros com rendimentos mais baixos do que os profissionais que já atuavam no setor, causada por essa nova medida, resultou neste decréscimo díspar.

Por outro lado, os deputados obtiveram um acréscimo de 23,7% em seus salários, ficando para trás apenas em relação aos magistrados, que observaram uma inflação de 31% (cerca de 1446,40 euros) nos seus ganhos mensais.

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