O ministro da Economia, António Costa Silva, salientou que as respostas aos problemas relacionados com os oceanos e a água devem envolver países, empresas e as pessoas, apontando como crucial a gestão integrada dos recursos hídricos.

“Não podemos ter um modelo de governança que seja simplesmente a favor da corrente, tem também de ser contracorrente”, referiu o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, na sessão de encerramento do simpósio de alto nível sobre a Água, realizado no âmbito da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC, sigla em inglês), que começou esta segunda-feira em Lisboa.

António Costa Silva defendeu, assim, o envolvimento de países, empresas e pessoas como forma de se lidar com as “terríveis mudanças que o planeta está a enfrentar”.

Acentuando a necessidade de nos “forcarmos” numa “ação coletiva”, o ministro salientou também a importância de países localizados em regiões que já enfrentam maiores problemas de falta de água, como o sul da Europa e África, trabalharem em conjunto na busca de soluções partilhando experiências e conhecimento.

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Neste contexto, lembrou as suas origens angolanas para citar o ditado que diz: “Se quiseres andar depressa, vai sozinho. Se quiseres ir longe, vai acompanhado”.

“A gestão integrada dos recursos hídricos é crucial”, disse, acentuando que há muito que pode ser feito ao nível da reutilização da água da chuva ou da redução do desperdício e de perdas na rede e que não se pode ficar preso a ideias e atitudes do passado.

O ministro defendeu, por isso, a necessidade de mudar e de estabelecer uma nova visão para o futuro, para que a água deixe de ser vista como um recurso que “está lá”, e ser encarada como algo que tem de ser usado de forma devida.