Carlos Moedas definiu como prioritária a reabilitação dos bairros municipais da cidade, que estão sob a gestão da empresa Gebalis. Para tal, já depois de um primeiro contrato programa de dois milhões de euros, leva nesta quarta-feira a votação na reunião de câmara um contrato programa que prevê mais 40 milhões de euros, repartidos até 2026, para a reabilitação de 12 bairros municipais.

O valor, ainda que seja o mais elevado num só contrato programa, fica abaixo daquilo que foi executado pelo executivo anterior (45,9 milhões de euros entre 2018 e 2021 segundo os relatórios e contas da Gebalis), mas tem, ao que o Observador, apurou aprovação garantida.

Ao Observador, o presidente da câmara Carlos Moedas fala de “um longo caminho” apontando que o “património habitacional do município precisa de investimentos e manutenção”, mas diz que a proposta que será aprovada “é um sinal claro de uma das prioridades” que diz “sempre ter assumido”.

“Tenho estado em muitos locais em Lisboa que não têm as melhores condições. É um longo caminho que temos pela frente mas temos de o enfrentar. Queremos recuperar casas em mau estado, ou que estão mesmo inabitáveis, e permitir que possam voltar de novo a ser ocupadas pelas famílias mais carenciadas da cidade. Este é um programa ambicioso e muito importante na área social.”

Mas com uma verba de memorando inicial prevista inferior à executada por Medina, na oposição há quem questione o montante. João Ferreira, do PCP, considera que o “valor não acompanha as necessidades”, mas frisa que o “mais importante é que seja rapidamente posto à disposição da empresa para a renovação dos vários bairros municipais”.

Outro dos fatores a ter em conta para o vereador comunista é questão da taxa de inflação: “O valor nominal já é mais baixo, o que piora se forem valores reais, considerando a taxa de inflação”. No PS fazem-se contas ao número de casas que será possível reabilitar com os 40 milhões de euros no mandato e o saldo não é positivo: caso Moedas não reforce esta verba poderá haver mais casas por reabilitar no final do mandato do que há neste momento.

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