O novo comandante da Zona Marítima dos Açores, Conceição Lopes, reforçou esta segunda-feira, na cerimónia da tomada de posse, a necessidade de “garantir a proteção” do mar açoriano através de uma monitorização e controlo “permanente”.

“O mar dos Açores é um espaço marítimo imenso, onde se desenvolve uma multiplicidade de atividades económicas, alicerce de vida das famílias açorianas e um espaço de inestimável valor em Portugal”, declarou o capitão-de-mar-e-guerra, na cerimónia que decorreu no depósito POL NATO, em Ponta Delgada.

O novo responsável pelo comando da Zona Marítima dos Açores realçou a importância de “assegurar a permanente prontidão” dos dispositivos destinados à “vigilância e fiscalização” e à “busca e salvamento marítimo”.

“Importa garantir a sua proteção [do mar] e a defesa através de uma monitorização e controlo permanentes das atividades conduzidas nesta vastidão de mar. Tudo isso representa inúmeros desafios que aconselham uma atuação prudente, mas eficaz”, afirmou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Conceição Lopes evocou ainda as atividades que decorrem no espaço marítimo açoriano.

O mar dos Açores é pesca. São transportes marítimos. São portos, marinas e infraestruturas. É turismo. É a atividade marítima turística. É desporto e lazer. É exploração de inertes e mineração do oceano profundo”, assinalou.

E prosseguiu: “É biotecnologia e ciências marinhas. É monitorização e conservação ambiental. São áreas protegidas. É formação e emprego marítimo. É cultura. É combate à poluição e lixo marinho. São atividades balneares. É educação. É proteção costeira. É resiliência às alterações climáticas”.

O capitão-de-mar-e-guerra, que também assume as funções de chefe do departamento marítimo dos Açores e de comandante da Polícia Marítima do arquipélago, disse querer ainda “promover a aproximação da marinha aos açorianos”.

“O desafio que se me coloca tem a dimensão do mar açoriano, revelando-se vasto, complexo e exigente, mas rico em oportunidades para potenciar a colaboração e contribuição para a segurança e desenvolvimento de Portugal e da Região Autónoma dos Açores”, assinalou.

Na ocasião, o comandante cessante, o comodoro Rafael Rodrigues Pinto, destacou a taxa de eficácia “acima dos 99%” nas operações de salvamento marítimo durante os últimos três meses, período em que liderou a Zona Marítima dos Açores.

“No âmbito do salvamento marítimo, continuamos a garantir a salvaguarda da vida humana no mar na área de Santa Maria, tendo sido durante os últimos três meses salvas 61 vidas no decorrer de 50 ações de busca e salvamento”, assinalou.

Após três meses em funções, Rafael Rodrigues Pinto deixou o comando da Zona Marítima dos Açores para integrar o comando marítimo da NATO, em Northwood, Inglaterra.