O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta quarta-feira que vai reforçar a presença militar norte-americana em toda a Europa para que a NATO possa responder a ameaças “vindas de todas as direções e em todas as áreas”.

Biden avançou, durante a cimeira da NATO, que decorre em Madrid, que os Estados Unidos vão “fortalecer a sua posição militar” em Espanha, na Polónia, na Roménia, nos Estados bálticos, no Reino Unido, na Alemanha e em Itália.

A medida visa ajudar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) a “responder às ameaças vindas de todas as direções e em todas as áreas: terrestre, aérea e marítima”, explicou o Presidente dos EUA.

O principal conselheiro diplomático e militar de Joe Biden, Jaque Sullivan, já tinha anunciado na terça-feira, a bordo do Air Force One, que os Estados Unidos iam fazer “anúncios específicos” na cimeira da NATO sobre “novos compromissos militares em terra, mar e ar a longo prazo na Europa”, em particular no leste do continente.

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Jake Sullivan referiu ainda que um “certo número de países” da Aliança Atlântica também “prometeram aumentar as suas contribuições em matéria de defesa no flanco leste” da Europa.

O conselheiro acrescentou que Joe Biden ia comunicar oficialmente ao chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, um aumento dos navios de guerra na base naval de Rota [sul de Espanha] de quatro para seis, com o objetivo de reforçar a presença militar do seu país e da NATO nesta zona.

Sullivan sublinhou que esta medida permitirá aumentar a presença naval dos EUA e da NATO em todos os domínios marítimos relevantes.

O secretário-geral da NATO anunciou hoje que as forças de reação rápida da NATO irão aumentar dos atuais 40 mil efetivos para 300 mil até ao próximo ano e serão distribuídas pelos países do leste da Europa.

A cimeira da NATO decorre em Madrid a partir desta quarta-feira e até sexta-feira, juntando 44 delegações e chefes de Estado e de Governo.

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