Na Década dos Oceanos, reforçar a importância da sua preservação é mais importante do que nunca. Ainda assim, esta é uma viagem longa e que exigirá esforços de todas as partes envolvidas. “Não se pode proteger os oceanos sem resolver a mudança climática, e não se pode resolver a mudança climática sem proteger os oceanos”. Quem o disse foi John Kerry, Enviado Especial da Presidência dos EUA para o Clima. Para que as mudanças aconteçam e o combate às alterações climáticas seja possível, torna-se urgente que o setor energético se transforme.
O caminho traçado pela EDP neste sentido tem sido pontuado por várias conquistas: foi a primeira na Europa a tirar partido das vantagens de se produzir energia renovável em alto-mar, com um projeto flutuante ao longo da costa de Viana do Castelo, e reforçou recentemente o compromisso com a energia eólica offshore. A marca prioriza a utilização de energias renováveis, mas o objetivo é o de duplicar essa capacidade até ao ano de 2025, bem como o de investir 1,5 milhões de euros em iniciativas nos oceanos.
É precisamente com a finalidade de fomentar o progresso na transição energética, e no alcance da neutralidade carbónica e proteção do planeta, que surge a participação da EDP nos vários Side events que estão a decorrer na Conferência dos Oceanos. Organizada por Portugal, em conjunto com o Quénia, esta tem sido a iniciativa que, de 27 de junho a 1 de julho, visa trazer soluções e focar o papel de cada pessoa e organização na defesa dos mares e da vida marinha.
Hoje, dia 29 de junho, foi altura de dar palco a um evento exclusivamente dedicado à ligação entre o surf e a proteção dos Oceanos. O Let’s Sea: Portugal’s true frontiers contou com a presença de Vera Pinto Pereira, administradora da EDP, EmilyHoffer, CEO da WSLPure (o braço de sustentabilidade da WSL), Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal e Garrett McNamara, Surfista. O encontro teve como premissa a apresentação de projetos destas empresas, todos eles com ligação a este desporto e à preservação e sustentabilidade dos oceanos.
Surf for Tomorrow
Foi também neste contexto que se deu a apresentação da 2ª edição do EDP Surf for Tomorrow. Lançado em 2021, este é um programa de treino intensivo que se foca no treino pessoal e desportivo de cinco jovens surfistas ibéricos, na faixa etária dos 14 aos 18 anos. Aqui, a missão é a de investir nos surfistas de amanhã e apelar às novas gerações para que o compromisso com o oceano nunca se perca. Desde formação com equipas técnicas especializadas, viagens internacionais, presença em circuitos mundiais, à possibilidade de construir carreira, esta é uma oportunidade única para estes atletas. Acima de tudo, é a oportunidade de se tornarem os impulsionadores do futuro.
“O EDP Surf for Tomorrow oferece uma oportunidade única para o desenvolvimento do talento destes cinco jovens atletas e permite-nos contribuir para a sensibilização por uma forma de vida mais sustentável. A EDP está empenhada em promover o surf como uma plataforma de proteção dos oceanos e da transformação urgente que precisamos de fazer na nossa sociedade, de forma a garantirmos um futuro equilibrado para as próximas gerações”, destaca Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP.
Este tem sido um projeto de sucesso, que avança para a sua 2ª edição ainda este ano. E o que se pode esperar do futuro? Um aumento da formação, para que os níveis de exigência se mantenham, bem como da equipa, à qual se juntará Janire Etxabarri, uma atleta de 16 anos, já por duas vezes Campeã Europeia Pro Júnior, Top5 nas qualificações europeias e a grande vencedora do evento inaugural do Circuito Europeu Júnior WSL de 2022.
Os atletas poderão ainda estagiar em locais como Marrocos, África do Sul, Havai, participar no WSL Pro Junior e, ainda, na Série de Qualificação. Para que o exemplo e a inspiração continuem a ser uma constante, será dado seguimento a um documentário sobre esta equipa, para que os olhos dos jovens de hoje se mantenham postos no amanhã.
Mas as novidades não ficam por aqui: esta 2ª edição trará também consigo a oportunidade de se juntarem à equipa, numa viagem ao Havai, dois surfistas amadores. Durante os próximos dois meses, será aberto um concurso na página de Instagram da EDP que pretende apurar os vencedores que farão parte da aventura!
Pés assentes na prancha da responsabilidade social
Sobrou ainda tempo para trazer para o centro deste evento as EDP Open Sessions. Num compromisso reforçado com a responsabilidade social, a EDP pretende continuar a investir neste que é o programa que proporciona a crianças institucionalizadas a oportunidade de experimentarem este desporto ao longo de um dia. A boa notícia é que esta iniciativa terá lugar no final do verão e irá alargar-se ao Surf Adaptado, em Portugal e Espanha. Mais do que um dia bem passado, este acaba também por ser o momento em que estas crianças conhecem atletas e treinadores, quebrando barreiras e criando laços com a imensidão e responsabilidade que o oceano traz consigo.
Onda atrás de onda, rumo ao futuro
Evento terminado e a conclusão é unânime: o surf assume um papel fundamental na defesa e preservação dos oceanos, assumindo-se como um desporto que vai muito para além do bem-estar físico ou mental. A aposta nas gerações mais novas tem sido a chave para fazer a diferença e, ainda que esta seja uma onda grande e difícil de domar, onda atrás de onda, a certeza é a de se continuar a lutar por um futuro mais consciente e sustentável.