O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, afirmou esta terça-feira que as Nações Unidas podem contar com o parlamento português no apoio ao combate às alterações climáticas e à preservação dos oceanos.

Esta posição foi transmitida por Augusto Santos Silva após ter recebido o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Abdulla Shahid, encontro à margem da 2ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que decorre até sexta-feira na Altice Arena, em Lisboa.

“A relação entre parlamentos nacionais e as Nações Unidas é fundamental para a prossecução da paz, sustentabilidade e desenvolvimento”, escreveu o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros na sua conta na rede social Twitter, após ter recebido o presidente da Assembleia Geral da ONU.

Na sua mensagem, Augusto Santos Silva salienta que as Nações Unidas “podem contar com a Assembleia da República no apoio à implementação da agenda 2030, no combate às alterações climáticas e na preservação dos oceanos”.

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Na intervenção que proferiu na sessão de abertura da conferência “Economia azul sustentável – um evento paralelo no âmbito da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, o presidente da Assembleia da República defendeu a tese de que a economia azul sustentável pode ser um dos grandes motores do crescimento.

Falando no Centro de Congressos do Estoril, Augusto Santos Silva advogou que a economia azul sustentável é uma das grandes oportunidades de criação de riqueza do presente.

“Há uma ligação íntima entre a economia verde e a economia azul. Não conseguimos tornar mais verde a nossa economia, acelerando a transição energética, se não prestarmos atenção aos oceanos, se não combatermos a excessiva exploração dos recursos marinhos e se não tirarmos todo o partido do potencial dos oceanos”, disse.

Augusto Santos Silva destacou o potencial de investimentos no mar, em projetos ligados à energia, alimentação, turismo e lazer e transportes.

Nesse sentido, considerou essencial avançar com instrumentos legais de preservação do oceano, em paralelo com a atração do investimento privado.

“A economia azul só será sustentável se for uma economia da inovação”, acrescentou.