Noventa e um ano anos, pai pela quarta vez em 2020, um sem números de declarações polémicas. Quando Bernie Ecclestone fala, nunca passa despercebido. Era assim quando o magnata britânico era o patrão da Fórmula 1, continua a ser assim sem ter tantos holofotes à sua volta. Ainda recentemente o bilionário teceu comentários pouco abonatórios a propósito de Lewis Hamilton e das queixas físicas nas costas depois do Grande Prémio do Azerbaijão, dizendo que se tratava tudo de “uma treta”, sendo que a última notícia sobre si antes disso tinha sido a detenção no aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, por porte de arma ilegal (ou sem documentação) que seguia no bolso de uma das camisas que ia na sua bagagem.

Como vai ser a Fórmula 1 sem o pai Bernie Ecclestone?

Agora, Ecclestone voltou a falar do amigo Vladimir Putin, depois de ter defendido no início da invasão à Ucrânia o líder russo. “Como pessoa é muito direto e honrado. O Vladimir fez exatamente aquilo que disse que ia fazer, sem nenhuma discussão. Grande Prémio em Sochi? Suponho que são as pessoas envolvidas no evento que têm de decidir. Como pode alguém julgar o que está a acontecer agora? Talvez haja pessoas que pensem que a Rússia fez o mais certo”, disse em março. “Ainda levaria um tiro por Putin”, disse agora numa entrevista ao programa britânico Good Morning Britain, falando a partir da casa que tem em Ibiza.

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“Morte de civis na Ucrânia? Esses bombardeamentos não foram intencionais, ele está a fazer algo que acredita ser o mais correto para a Rússia. Infelizmente, como várias pessoas de negócios, certamente como eu, todos erramos de vez em quando, e quando erramos fazemos o melhor para sair do erro”, adiantou, antes de apontar a mira a um foco diferente: o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

“Acho que se isto tivesse sido conduzido decentemente… Quer dizer, a outra pessoa na Ucrânia… A profissão dele, que sei que era comediante, parece que é para continuar. Porque se ele [Zelensky] tivesse pensado nas coisas, definitivamente teria feito um esforço maior para falar com o senhor Putin, que é uma pessoa razoável e ouviria o que ele tinha para dizer, provavelmente agindo em conformidade”, acusou o britânico, numa opinião que não demorou a merecer várias críticas de diferentes quadrantes.

“Tenho a certeza que o Vladimir [Putin] desejava não ter começado tudo isto mas não começou como uma guerra”, finalizou ainda Bernie Ecclestone a esse propósito, acrescentando ainda que não falou com o líder russo, descrito como “uma pessoa de primeira classe” e que mostra ser “sensato”.