“J’aime Portugal.” Após discursar na Conferência dos Oceanos, o Presidente francês, Emmanuel Macron, deu um passeio juntamente com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Parque das Nações, em Lisboa. Os dois líderes conversaram durante alguns minutos, ao mesmo tempo que iam sendo acompanhados pelos jornalistas e por populares, alguns dos quais chegaram mesmo a tirar selfies com os dois chefes de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa, quando questionado pelos jornalistas, afirmou que era “preciso saber esperar” e que não se ia pronunciar sobre a questão do aeroporto e a (na altura) possível demissão do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Visivelmente surpreendido perante a quantidade de microfones, Emmanuel Macron sorriu e disse que “estava muito contente” por estar em Portugal: “É um dos [povos] europeus que amo”.

Durante a manhã, o Presidente francês tinha estado em Madrid, na cimeira da NATO, onde debateu a segurança na área transatlântica. Emmanuel Macron aproveitou para ligar as duas ideias e, no início do discurso na Conferência dos Oceanos, advertiu que, “apesar do grave contexto geopolítico” que a guerra na Ucrânia desencadeou, os países não devem esquecer a missão de proteger os oceanos. “Não devemos desviar-nos dos objetivos inseridos na agenda de desenvolvimento sustentável” estipulados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Esta ambição é importante”, afirmou o Presidente francês, que lembrou a cimeira One Ocean em Brest, realçando que na altura se reuniram vários empresários e instituições não governamentais interessados em proteger os oceanos. Algumas das medidas discutidas passaram pela descarbonização do transporte marítimo, a proteção dos mares do plástico e o fim da pesca ilícita.

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“Restaurar o património marítimo é uma prioridade”, reconheceu Emmanuel Macron, que aludiu aos compromissos de Nairóbi, em que estão incluídos o fim do plástico de utilização única, a limpeza das praias e a eliminação da pesca ilícita.

A cimeira de Lisboa deve servir para “mobilizar a comunidade internacional”, frisou Emmanuel Macron, acrescentando que é importante “atingir certos objetivos com a finalidade de proteger os oceanos”.

Além disso, Emmanuel Macron lançou a candidatura de uma “conferência da ONU sobre os oceanos” em 2025, realizada em parceria por França com a Costa Rica: “Vamos usar este impulso para nos ajudar a avançar coletivamente”.