A despesa corrente em saúde aumentou 12,2% no ano passado e atingiu 11,2% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, mais 0,7 pontos percentuais do que em 2020, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística.

A Conta Satélite da Saúde, esta sexta-feira divulgada, mostra que este é o valor mais elevado das últimas duas décadas, desde a série iniciada em 2000, devido à pandemia de Covid-19.

A Despesa corrente em saúde deverá registar, assim, “um aumento recorde”, para 23.685,9 milhões de euros, segundo as estimativas. “A manutenção da situação pandémica e a recuperação da atividade assistencial dos prestadores contribuíram para o aumento significativo da despesa corrente pública (+11,0%) e privada (+14,7%)”, especificou o INE.

Em 2020, “a Formação Bruta de Capital fixo (FBCF) dos prestadores públicos aumentou 32,6%, o que compara com um decréscimo de 1,6% da FBCF total da economia”, lê-se no documento.

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Naquele ano, destacou-se o aumento de 62,5% da FBCF dos hospitais públicos, gerais e especializados.

Os apoios da Segurança Social atribuídos aos prestadores de cuidados de saúde, no âmbito das medidas excecionais para a resposta à Covid-19, totalizaram 76,8 milhões de euros em 2020: “Cerca de 48% foram pagos aos prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório. Estima-se que em 2021 tenham sido atribuídos 34,6 milhões de euros”, de acordo com o INE.

Em 2020, a despesa corrente aumentou 3,5%, totalizando 21.107,9 milhões de euros.

“O incremento da despesa reflete os efeitos opostos de um aumento da despesa pública e da contração da despesa privada devido às medidas restritivas adotadas para conter a pandemia Covid-19”, na análise do Instituto.