Maria João Avillez, jornalista, cronista do Observador e comentadora da CNN, foi a grande vencedora da edição deste ano dos Prémios Dona Antónia na categoria Consagração.

Com uma carreira de quase 50 anos, Maria João Avillez testemunho de perto a vida política portuguesa, tendo entrevistado todos os seus grandes protagonistas assim como inúmeras figuras da cena internacional e do mundo das artes.

Estreou-se na comunicação social com apenas 17 anos, num Programa Juvenil da Radiotelevisão Portuguesa onde também participavam João Lobo Antunes, Júlio Isidro e Lídia Franco. Ao longo da sua carreira começou por distinguir-se no Expresso – foi lá que, pela cobertura da última campanha de Sá Carneiro, receberia em 1980 o Prémio EFE, sendo a sua reportagem peça “Sá Carneiro – o Último Retrato” sido destacada de entre 350 candidaturas. Colaborou também com a Rádio Renascença, o Público, o Diário de Notícias, a SIC e a TSF, continuando hoje a escrever uma coluna semanal no Observador e a fazer comentário político na CNN.

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O júri do prémio, presidido por Artur Santos Silva, destaca-a como a “cronista da política portuguesa” e ainda como autora de alguns livros relevantes sobre alguns dos grandes protagonistas dos últimos 50 anos da na nossa história pós-25 de Abril.

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Maria do Carmo Teixeira Bastos é, por seu turno, cofundadora e presidente da Young Parkies Portugal, Associação Portuguesa de Parkinson Precoce. Esta associação destina-se a informar, integrar e acompanhar todas as pessoas com Parkinson, juvenil ou precoce.

Os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira são atribuídos desde 1988 e têm como propósito reconhecer mulheres que fizeram a diferença no desenvolvimento económico, social e cultural de Portugal, consagrando as que “se destacam pelas suas qualidades humanas, espírito empreendedor, capacidade de liderança e sensibilidade social, abertura à inovação e constante procura pelo seu próprio desenvolvimento”. Celebram a figura de Dona Antónia Adelaide Ferreira, a “Ferreirinha”, uma mulher franzina mas ímpar na história do Douro, do vinho do Porto e da Porto Ferreira, uma mulher à frente do seu tempo que, aos 33 anos, assumiu o negócio de família dando provas de liderança e tornando-se um símbolo do empreendedorismo e da viticultura duriense.

Raquel Seabra, Administradora Executiva da Sogrape, a empresa que promove este prémio, referiu que com ele se pretende “não só a reconhecer, com toda a justiça, o empenho e a obra por realizada por estas mulheres, mas também, e acima de tudo, a promover role models que podem inspirar outras mais jovens a empreender e a contribuir para um mundo melhor”.