O primeiro-ministro, António Costa, considera que a Declaração de Lisboa esta sexta-feira adotada no último dia da 2ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas aponta o caminho para os próximos anos em defesa da “causa global” dos oceanos.

Foi com grande satisfação que acolhemos em Portugal a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas“, escreveu esta sexta-feira o líder do executivo português na sua conta na rede social Twitter.

Na sua mensagem, António Costa salienta que a Declaração de Lisboa esta sexta-feira adotada “aponta o caminho para os próximos anos em defesa dos Oceanos”.

“Vários compromissos foram aqui assumidos, o que demonstra a importância desta conferência”, que decorreu desde segunda-feira na Altice Arena em Lisboa, sustentou o primeiro-ministro.

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António Costa assinalou ainda que os oceanos “são uma causa global”, e “exigem uma ação urgente e uma estreita cooperação entre os povos de todo o mundo”.

“Vamos continuar a trabalhar para concretizar esta causa”, acrescentou.

No plenário de encerramento da 2ª Conferência dos Oceanos da ONU, foi adotada uma declaração política sobre defesa dos oceanos, numa sessão que foi presidida pelo chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Não oiço objeções, fica, pois, decidida a sua adoção“, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, dirigindo-se ao plenário.

A adoção consensual do texto, intitulado “O nosso oceano, o nosso futuro, a nossa responsabilidade”, que ficará conhecido como Declaração de Lisboa, culminou a conferência que durante cinco dias reuniu representantes de mais de uma centena de países, incluindo chefes de Estado e do Governo.

A declaração assume o “falhanço coletivo” na conservação dos ecossistemas marinhos e a necessidade de “mais ambição para resolver o terrível estado do oceano”.

Oceanos. Conferência da ONU em Lisboa termina esta sexta-feira com declaração final

No texto, associa-se a degradação dos oceanos às alterações climáticas, “um dos maiores desafios” da atualidade, com os subscritores a comprometerem-se novamente, apesar das falhas, com “ação urgente” e “cooperação aos níveis global, regional e sub-regional para atingir todas as metas tão cedo quanto possível e sem atrasos indevidos”.

A conferência de Lisboa, coorganizada por Portugal e Quénia, visou impulsionar esforços globais para a preservação dos oceanos e seguiu-se à de Nova Iorque, nos Estados Unidos, em 2017. A próxima será em França, em 2025.