Um grupo de manifestantes invadiu e incendiou parte do edifício do Parlamento, na cidade de Tobruk, na Líbia. O ataque ocorreu esta sexta-feira, dia em que o edifício não estava em funcionamento.
Segundo a BBC, os protestos estavam relacionados com a crise económica, os recentes cortes de eletricidade que se têm sentido no país e o impasse político que se vive atualmente na Líbia.
Citizens angry and hungry for the economic crisis storm and burn the offices in the parliament of Tobruk in Libya. pic.twitter.com/pcs7a0HiHS
— RadioGenova (@RadioGenova) July 1, 2022
A invasão terá começado depois de um manifestante ter conseguido derrubar um dos portões, com recurso a uma retroescavadora, de acordo com o site Africanews (que pertence à Euronews). Vários dos presentes no protesto queimaram pneus e alguns destruíram documentos. “Queremos que a luz funcione”, gritavam, referindo-se aos cortes de energia.
Alguns dos manifestantes traziam consigo as bandeiras verdes associadas ao regime de Muammar Kadhafi, deposto e morto em 2011, na sequência da Primavera Árabe. A Líbia tem estado em turbulência política desde então, havendo neste momento dois centros de poder, apoiados por fações diferentes: a Câmara dos Representantes em Tobruk, que foi invadida esta sexta-feira, e o Alto Conselho de Estado, com sede na capital Tripoli.
As negociações lideradas pelas Nações Unidas, a fim de conseguir um entendimento para marcar eleições e permitir à Líbia ter um único governo nacional, não têm obtido resultados. Na véspera destes protestos, as últimas reuniões em Genebra voltaram a terminar sem sucesso.