O Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko acusou este sábado o regime ucraniano de ter atacado (sem sucesso) a Bielorrússia, disparando mísseis para atingir alvos militares em território bielorrusso. Os mísseis terão sido intercetados.

Até ao momento, Lukashenko não forneceu provas que confirmem aquele que seria um ataque militar ucraniano a um país que não a Rússia — que invadiu militarmente a Ucrânia.

Em março, o regime bielorrusso já tinha acusado Kiev de ter disparado um míssil para o seu território, alegadamente também intercetado. Também sobre este alegado ataque não foram na altura apresentadas provas.

Agora, o Presidente bielorrusso, aliado próximo de Putin, alega que os referidos mísseis terão sido disparados da Ucrânia para a Bielorrúsia há perto de três dias. E acrescentou que embora o seu país não queira entrar em guerra com a Ucrânia, irá defender-se se o território for invadido.

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A informação é noticiada pela agência Reuters, que cita a agência de notícias estatal bielorrussa Belta. “Estão a provocar-nos. Tenho de dizer-vos: há três dias, talvez um bocadinho mais, foi feita a partir de território da Ucrânia uma tentativa de atacar instalações militares da Bielorrússia”, terá dito Lukashenko. “Mas, graças a Deus, os sistemas anti-aéreos Pantsir conseguiram intercetar todos os mísseis lançados pelas Forças Armadas da Ucrânia”, concluiu.

Alexander Lukashenko é um dos principais aliados do Presidente russo Vladimir Putin no leste da Europa. Em março, a líder de oposição da Bielorrússia, Sviatlana Tsikhanouskaya, descreveu o chefe de Estado como “um marioneta”, afirmando mesmo que “Putin controla o país através dele”.

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