Desistir é uma palavra que não consta no vocabulário do ciclista português Ruben Guerreiro, que, apesar de ter o lado esquerdo do corpo “sem pele”, após ter caído novamente na segunda etapa, vai continuar na Volta a França.

“Caí nos primeiros quilómetros da ponte [do Grande Belt]. Quando tentava sair daquela confusão toda pelo lado esquerdo, o ciclista da TotalEnergies travou à minha frente e não pude evitar o toque com a sua roda traseira e acabei por cair”, descreveu à agência Lusa o português da EF Education-EasyPost.

Ruben Guerreiro ficou envolvido no sábado na queda que apanhou o camisola amarela Yves Lampaert (Quick-Step Alpha Vinyl) — entretanto ‘destronado’ pelo também belga Wout van Aert (Jumbo-Visma) –, a 18 quilómetros da meta, no início da travessia da ponte do Grande Belt.

Inicialmente creditado com o mesmo tempo do vencedor da etapa, o neerlandês Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl), o ciclista de Pegões acabou ‘despromovido’ ao último lugar da geral, depois de o colégio de comissários da Volta a França contabilizar os 11.04 minutos que o português perdeu na meta, uma vez que a sua queda aconteceu fora dos últimos três quilómetros da ligação de 202,2 entre as cidades dinamarquesas de Roskilde e Nyborg.

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“Não parti nada, mas o lado esquerdo do corpo está sem pele, não passei muito bem a noite e agora vou seguir neste Tour um dia de cada vez. Desistir é palavra que não está no meu vocabulário”, garantiu à Lusa.

Para Guerreiro, que já tinha caído no contrarrelógio da primeira etapa, ser lanterna-vermelha da ‘Grande Boucle’, a 12.43 minutos de Van Aert, é sinal que ainda está na corrida “e isso é mais importante”.

A 109.ª Volta a França prossegue hoje com a derradeira etapa na Dinamarca, uma ligação de 182 quilómetros entre Vejle e Sonderborg.