A ANA, a entidade que gere os aeroportos em Portugal, está a desenvolver um “chatbot” para conseguir informar e auxiliar os passageiros, tendo como principal objetivo “um melhor direcionamento dos mesmos para o canal apropriado.” A informação consta de um comunicado partilhado esta segunda-feira pelo Ministério da Administração Interna (MAI), onde é feito o balanço do primeiro mês do plano de contingência verão IATA 2022.

Este plano foi preparado para enfrentar o “aumento exponencial” do desembarque de passageiros no período de verão, antecipando também já a realização de grandes eventos, incluindo a Cimeira dos Oceanos, que se realizou em Lisboa na semana passada. E, segundo esta informação, o plano entrou esta segunda-feira, 4 de julho, na “máxima afetação de meios para a qual foi desenhado”.

A informação sobre esta “chatbot”, ou seja, uma tecnologia que estaria disponível através de uma aplicação para smartphones, é referida no campo das medidas em fase de implementação, especificamente no plano tecnológico.

Segundo este comunicado está também em fase de implementação, mas neste caso no plano operacional, o desenvolvimento de sinalética que permita “simplificar os diversos canais dedicados ao fluxo de passageiros”.

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O comunicado refere que, no âmbito das medidas já implementadas, consta o reforço de meios humanos, com 55 inspetores do SEF reafetados aos aeroportos – 25 em Lisboa, 15 em Faro e outros 15 no aeroporto do Porto. Foram também reforçados os meios da PSP com curso de controlo de fronteiras ministrado pelo SEF, com mais 176 agentes.

No âmbito de soluções tecnológicas que já foram implementadas consta a “atualização e monitorização constante dos equipamentos tecnológicos disponíveis” ou ainda o “SEF Mobile e controlo antecipado de passageiros estão a ser utilizados em controlos aleatórios em voos determinados ou em grandes eventos”. O comunicado do MAI indica que estas duas vertentes tecnológicas já foram utilizadas “de forma significativa” no controlo de passageiros participantes na Cimeira dos Oceanos, com 120 comitivas controladas e cerca de 7 mil passageiros (no AT1 Base Aérea de Figo Maduro).”

Nas soluções operacionais, foi alargado o Rapid4all (as portas tecnológicas de controle de passageiros – E-Gates) aos Estados Unidos da América e Canadá no dia 15 de junho. “Esta solução permitiu o processamento de mais de 19 mil passageiros destas nacionalidades à chegada a Lisboa, no período de 15 dias”, indica o MAI. As portas tecnológicas E-gates (RAPID) de primeira geração “estão a funcionar em pleno e processam já cerca de um terço dos passageiros nas entradas no aeroporto de Lisboa”.

Outra medida terá sido o reforço das campanhas de sensibilização e de encaminhamento de passageiros, com aumento de pontos azuis da ANA (pessoal de apoio), melhoria na gestão de filas e melhoria da sinalética.

Esta nota do ministério liderado por José Luís Carneiro indica que, através da implementação de medidas ao longo do último mês, verificou-se “a inexistência de constrangimentos assinaláveis, após o início de implementação do Plano, excetuando situações pontuais em Lisboa e Faro.”

“Diminuíram substancialmente os tempos máximos de espera observados nos aeroportos. Em especial, no aeroporto de Lisboa que, por exemplo, só muito raramente atingiu os 60 minutos na última semana, ficando em regra muito abaixo”, acrescenta esta nota enviada à imprensa.