A missão portuguesa para os Jogos Mundiais de 2022, que se vão realizar na cidade norte-americana de Birmingham, foi esta segunda-feira apresentada com a expectativa de manter a “linha” das anteriores edições na competição multidesportiva.

Portugal irá ter em prova 47 atletas, de nove diferentes modalidades, num universo de cerca de 3.600 participantes de mais de 100 países, numa prova que se caracteriza por ser os “Jogos Olímpicos” das modalidades que não pertenceram ao programa olímpico, disputando-se de quatro em quatro anos, no ano a seguir ao maior evento desportivo.

Espero que obtenham bons resultados e em linha com o que tem sido o habitual em iniciativas anteriores. Acima de tudo, que esta experiência permita adquirir contacto e experiência internacional. Para as modalidades é muito importante, pois muitas delas, um dia, ambicionam fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos. Esta é uma montra onde vão tentar criar evidências para que esse objetivo possa vir a ser concretizado”, afirmou o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino.

Grande parte dos 47 atletas marcaram presença na cerimónia, que se realizou na sede do COP, destas nove modalidades: 14 no corfebol, nove na ginástica acrobática, oito na ginástica aeróbica, quatro nos trampolins, quatro no muaythai, três na patinagem, dois na canoagem de maratona, dois no kickboxing e um na patinagem de velocidade.

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“Temos assumido [uma participação] igual à última edição, ou seja, de pelo menos três medalhas. O resto é esperar a excelência por parte dos atletas. Existem mais métricas para além das medalhas. Se todos cumprirem com aquilo que estamos habituados a ver, está perfeito”, realçou o chefe da missão lusa para os Jogos Mundiais, Filipe Jesus.

A presidente da Comissão dos Atletas Olímpicos, Diana Gomes, também sublinhou aos jornalistas a importância do evento para as modalidades fora do contexto olímpico e usou os Jogos do Mediterrâneo para elevar as expectativas para mais uma missão lusa.

“O mundo parece que está virado do avesso. Saímos de uma pandemia, estamos agora com uma guerra a acontecer… São fatores que nos pesam a todos e o desporto esteve um pouco estagnado durante um ano e meio. Ver Portugal a sair-se tão bem nos Jogos do Mediterrâneo só traz boas expectativas para o que virá nos Jogos Mundiais”, frisou.

O primeiro a entrar em ação será Miguel Bravo, o único atleta português na patinagem de velocidade, que salientou que se terá de abstrair dessa pressão de ser o primeiro e “dar tudo na pista para dignificar o país e trazer os melhores resultados para Portugal”.

“O objetivo está definido desde o ano passado, com a qualificação. Vou tentar alcançar um ‘top’ cinco. Foi um trabalho que tenho desenvolvido durante o ano inteiro com os meus colegas de equipa, o meu treinador e todos os envolvidos no projeto”, salientou.

Já Bárbara Sequeira, que integra a equipa de ginástica acrobática, assumiu o intuito de “fazer três esquemas perfeitos” e considerou “bastante possível” alcançarem as finais.

“Queremos sempre treinar para o objetivo mais alto, mas também não queremos ir de expectativas muito altas. Queremos desfrutar imenso desta competição, porque é uma competição única para nós, e ficar felizes com o que vamos fazer”, expressou a ginasta.

A 11.ª edição dos Jogos Mundiais decorre entre quinta-feira e 17 de julho, na cidade de Birmingham, no estado norte-americano do Alabama, após ter sido originalmente prevista para 2021, mas foi adiada durante um ano devido à pandemia de Covid-19.