A produção de eletricidade a gás natural abasteceu 31% do consumo nacional até junho, o valor mais elevado registado até esta segunda-feira para o primeiro semestre, enquanto os restantes 21% corresponderam ao saldo importador, outro recorde no período.

De acordo com dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, no primeiro semestre, o índice de produtibilidade hidroelétrica (das barragens) registou 0,34, abaixo da média histórica que é 1, devido à seca, tendo abastecido apenas 11% do consumo nacional, o de produtibilidade eólica 0,95 (25% do consumo) e o de produtibilidade solar 1,11 (5%).

Neste quadro, ganharam peso as centrais a gás natural, cuja produção correspondeu a 31% do consumo de eletricidade, que é o valor mais elevado registado para o primeiro semestre, enquanto os restantes 21% corresponderem ao saldo importador, que é também o valor mais elevado de sempre registado no sistema elétrico nacional, para este período do ano, segundo a empresa gestora da rede elétrica.

No primeiro semestre, o consumo de eletricidade aumentou, face ao mesmo período do ano anterior, 2,9%, ou 3,0% com a correção do impacto da temperatura e dos dias úteis. Já no mês de junho, registou-se um crescimento homólogo de 3,6%, ou 2,9% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

Ainda segundo dados da REN, no mercado de gás natural, o consumo registou até junho uma queda homóloga de 1,2%, resultado de um recuo de 22% no segmento convencional e de um crescimento de 49% no segmento de produção de energia elétrica.

O abastecimento de gás natural mantém-se quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar este mês um valor praticamente nulo, referiu a empresa.

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