O setor do turismo vai investir mais de 150 milhões de euros no âmbito da Agenda Acelerar e Transformar o Turismo, depois de ter sido aprovada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de acordo com um comunicado.

Na nota, divulgada esta segunda-feira, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) adiantou que esta agenda, que está a dinamizar em conjunto com um consórcio empresarial e académico e com o NEST — Centro de Inovação do Turismo foi “um dos 51 projetos selecionados por vários peritos nacionais e internacionais no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a inovação empresarial do PRR”.

De acordo com a mesma nota, “promovida por um consórcio de 44 entidades”, a Agenda Acelerar e Transformar o Turismo “prevê um investimento de 151 milhões de euros num conjunto de projetos de inovação transformadores com particular destaque no plano da digitalização e da transição climática”.

Esta iniciativa apresenta-se “como um projeto cujo impacto no Plano da Inovação e Transição climática no Turismo nacional é essencial para o cumprimento das metas do Plano Reativar o Turismo e para que a atividade turística possa enfrentar os desafios do atual contexto altamente competitivo no pós-pandemia”, destacou a CTP.

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De acordo com a entidade, o objetivo desta agenda é “contribuir para a alteração do perfil de especialização na área do turismo e na economia portuguesa em geral”, bem como “dotar as empresas de maior capacidade tecnológica e de inovação, permitindo também uma requalificação e especialização dos recursos humanos e a redução das emissões de CO2, tendo em conta a transição climática necessária”.

No que diz respeito aos investimentos, “estão focados no turista, para dar resposta ao quadro competitivo entre destinos turísticos, o que implica um novo padrão de oferta em toda a jornada do turista, para chegar a um patamar mais exímio na eficiência e na proposta de valor adequada para os novos padrões de consumo e de sustentabilidade”.

A definição desta agenda teve início em junho de 2021, sendo que “vai agora desenrolar-se um processo de negociação e contratação de cujo sucesso no plano dos apoios dependerá a concretização desta Agenda essencial para a transformação da atividade turística e para a economia portuguesa”.

A CTP acredita que com estes projetos “o tecido empresarial terá aumentos da produtividade e competitividade através da inovação e introdução de tecnologia nas operações, com a consequente qualificação dos recursos humanos e pelo aumento da geração de valor através do conhecimento do turista, da eficiência energética e do uso de recursos com práticas sustentáveis”.

Francisco Calheiros, presidente da entidade, citado na mesma nota, refere que “com o reforço dos apoios públicos anunciados de 930 milhões de euros para 3.000 milhões de euros estão criadas as condições para dar resposta aos projetos de investimento apresentados pelo turismo”.