O bloco de partos da urgência obstétrica do Hospital de Portimão vai reabrir esta segunda-feira, depois de ter estado encerrado durante o fim de semana devido à falta de médicos, confirmou a Rádio Observador junto de fonte hospitalar.

As urgências de ginecologia e obstetrícia da unidade, que pertence ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve, garantiam o atendimento apenas às grávidas até às 22 semanas. A partir desse período, eram encaminhadas para o Hospital de Faro, que fica a cerca de 70 quilómetros. Naquela unidade de Portimão realizam-se, em média, cerca de 100 partos por mês, mas não é ainda conhecido o número de grávidas que tiveram de ser encaminhadas para outro hospital.

Bloco de partos de Hospital de Portimão fechado durante todo o fim-de-semana

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A CNN avança que também as urgências de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Braga reabriram esta segunda-feira às 8h00, depois de terem fechado — pela quinta vez — durante 24 horas no domingo por falta de médicos para cumprir as escalas de serviços. Está, porém, previsto que voltem a encerrar, mesmo apesar de o hospital já ter assegurado que está a fazer todos os esforços para que tal não aconteça.

Em alternativa, as utentes estavam a ser aconselhadas a dirigir-se a Viana do Castelo, Guimarães, Famalicão e, para casos mais graves, ao Porto. A urgência pediátrica de cirurgia também está encerrada durante a noite por tempo indeterminado por falta de médicos.

Hospital de Braga volta a fechar Urgência de Ginecologia e Obstetrícia durante 24 horas

Já no Hospital de Aveiro, as urgências de obstetrícia têm fechado 12 horas durante a noite, desde sexta-feira, e a situação deverá continuar — ou até piorar em agosto, segundo a CNN, altura em que mais médicos entram de férias. É que para que uma escala esteja completa são precisos três médicos, mas nos próximos dias há escalas só com um médico.

Segundo a estação televisiva, algumas grávidas já foram encaminhadas para Coimbra. No hospital, há 19 médicos obstetras, mas mais de metade não é obrigado a fazer urgências por ter mais de 55 anos. Ainda assim, muitos estão a fazê-las.