A indústria automóvel está em agonia deste 2020. A Covid-19, primeiro, e depois a falta de componentes (que piorou consideravelmente após a invasão da Ucrânia) limitaram a vontade dos clientes adquirirem carros novos e, sobretudo, a capacidade dos fabricantes produzirem os veículos que o mercado poderia comprar. E a Tesla, que têm crescido ao longo dos últimos anos, acusou ao fim de algum tempo o primeiro trimestre com uma quebra das vendas globais.

Os analistas já tinham previsto um volume de vendas no 2º trimestre de 2022 algures entre 250.000 e 270.000 unidades, suportando as suas expectativas no facto de a Tesla ainda não ter começado a entregar em quantidade modelos construídos nas suas fábricas de Berlim e do Texas, a que se juntou a paragem da fábrica de Xangai, devido à política de Covid zero chinesa, cujos confinamentos têm encerrado as linhas de produção.

De Abril a Junho, a Tesla produziu 258.580 veículos, tendo entregue a clientes 254.695 unidades. Entre estas, a maioria é Model 3 e Model Y, que perfazem 238.533 unidades entregues (242.169 produzidas), para os Model S e Model X somarem 16.162 (16.411 fabricados).

Estes valores representam uma quebra de 18% face aos Tesla entregues a clientes no primeiro trimestre de 2022, período em que mudaram de mão 310.048 veículos. Apesar da queda das vendas e da produção, os responsáveis da marca afirmam que Junho foi o melhor mês da história da Tesla, no que respeita ao número de unidades produzidas, o que poderá ser confirmado quando forem revelados os dados do próximo trimestre.

Esta queda de 18% nas vendas da Tesla não destoa do registo conseguido pelo Grupo Volkswagen, o maior europeu e o segundo maior em termos mundiais, cujas vendas caíram 26%. Entre as marcas, a única que subiu foi a divisão Lamborghini/Bentley (1,4%), com a Porsche a tropeçar 8,1%, a Audi 23,2%, a Skoda 28,4%, a Seat/Cupra 28,5% e a VW 29,1%.

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