O português Ruben Guerreiro não é “um super-homem”, mas usou as dores como motivação para ir “ainda mais rápido” na quinta etapa da Volta a França em bicicleta, que acabou integrado no grupo de favoritos.

A etapa hoje correu melhor do que esperava. Como tinha tantas dores, foi uma motivação para ainda ir mais rápido. Por incrível que pareça, consegui controlar as dores ao pensar na corrida”, descreveu à agência Lusa o aniversariante do dia.

O ciclista de Pegões, que cumpre esta quarta-feira 28 anos, acabou a dura quinta etapa no grupo do camisola amarela, o belga Wout Van Aert, a 01.04 minutos do vencedor, o australiano Simon Clarke (Israel-Premier Tech).

“Tentei seguir sempre com o [Rigoberto] Urán e os melhores ciclistas. Tinha dois companheiros na fuga e quase ficávamos de amarelo e isso é o mais importante”, notou, referindo-se a Neilson Powless, agora segundo na geral a 13 segundos de Van Aert, e ao rei da montanha Magnus Cort, que foram respetivamente quarto e quinto no final dos 157 quilómetros entre Lille e Arenberg.

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Ultrapassada a mais dura tirada da 109.ª edição até ao momento, e os seus 19,4 quilómetros de “pavé”, Guerreiro acredita que a recuperação da queda que sofreu na segunda tirada “está a correr bem”.

Mas sem largar foguetes, porque esta corrida é tão dura e tão rápida que não nos deixa recuperar destas quedas, mas quem sabe mais para a frente possa disputar uma etapa. Os objetivos têm de mudar um pouco, porque, não estando a 100%, as coisas ficam mais difíceis”, salientou à Lusa.

O português da EF Education-EasyPost, que aspirava ganhar uma tirada e, quem sabe, terminar no top 10, perdeu mais de 11 minutos no sábado, tendo caído então para o último lugar da geral. Ruben Guerreiro saltou para o 147.º posto, já a 16.34 minutos do camisola amarela.

“Não sou um super-homem, mas vou dar o melhor de mim e tentar ganhar qualquer coisa”, prometeu.