Primeiro galardão da noite entregue, primeiro galardão recebido pelo Benfica, primeira ida ao palco da cerimónia com o representante Sílvio Cervan, vice-presidente do clube e antigo administrador da SAD dos encarnados, que foi receber o Prémio Fair-Play da Primeira Liga relativo à temporada de 2021/22.

– Em nome do Benfica, obrigado.

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Mais um galardão anunciado, mais um galardão a cair para o lado do Benfica, desta vez apenas com a comunicação pelo Prémio Fair-Play da Primeira Liga da derradeira temporada a ser feita pelo guarda-redes internacional Vlachodimos através de uma mensagem de vídeo enviada em específico para a cerimónia.

– Obrigado por este prémio (em inglês)

Mais um galardão distribuído, mais um galardão a ser entregue ao Benfica, agora o Prémio de Melhor Jovem Jogador da Segunda Liga para Henrique Araújo, que marcou presença na Alfândega do Porto.

– Muito obrigado ao meu clube, o Sport Lisboa e Benfica.

Quando tinha chegado ao palco, o jovem avançado dos encarnados ainda tinha parado a ver as imagens de alguns dos golos que marcara na última edição da Segunda Liga mas, à semelhança do que tinha acontecido com os outros elementos do clube, marcou também uma posição com poucas palavras dirigidas à plateia de mãos nos bolsos, sem o prémio que acabara de receber. Era visível o desconforto nos representantes do Benfica na cerimónia, que foi verbalizado depois do sorteio por Lourenço Pereira Coelho, administrador da SAD encarnada que voltou ao futebol do conjunto da Luz e quis marcar uma posição.

“Estamos focados no sorteio de 18 de julho [n.d.r.: terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões] pois é a primeira competição onde vamos participar. Calendário da Liga? Temos de jogar contra todos, é indiferente. O plantel está a trabalhar bem com compromisso, paixão, rigor e competência, mas como uma pessoa com responsabilidades nos futebol português disse, e bem, nem sempre é só a competência que conta. Isso diz-nos que temos de ser muito fortes este ano, contar com o apoio de todos, ser rigorosos internamente e estar atentos externamente. Seremos mais fortes, pois como se viu no domingo temos uma força grande por trás. Não prometemos títulos mas sim trabalho. Queremos muito mais do que o prémio Fair-Play e se não nos respeitarem seguramente não seremos candidatos a esse prémio”, referiu.

Não chegou a haver propriamente um boicote, porque o Benfica esteve representados por vários elementos na cerimónia de arranque de temporada, mas foi bem notório o protesto nos discursos durante e depois do momento em que ficou a ser conhecido o calendário para 2022/23 além dos vários prémios coletivos e individuais que estavam ainda por distribuir em relação à última temporada. No entanto, Pedro Proença não perdeu o sentido “diplomático” da ocasião, passando ao lado da atitude dos encarnados.

“Protesto? Não, de todo. Vimos uma mensagem bastante positiva. O Benfica foi hoje galardoado com vários prémios. Foi muitíssimo positivo. Há pessoas que têm mais ou menos facilidade em se expressar”, disse o presidente da Liga de Clubes, antes de fazer um lançamento mais amplo do que espera esta temporada.

“Esta época ficará marcada por esta assinatura, que o futebol não pára. Algumas preocupações que vamos demonstrando, nomeadamente o regresso do público aos estádios e o combate à violência. É fácil recordar aquilo que se passou nas duas últimas temporadas, com o público com acesso limitado aos estádios. O futebol não pára. Queremos que o futebol seja um palco positivo, onde as famílias possam voltar aos estádios. Portanto, há projetos em comum e são muito mais as coisas que nos unem do que aquelas que nos separam. É uma assinatura e o que nos vai guiar. O combate ao tempo útil de jogo e à violência, não queremos parar mesmo numa jornada em que teremos um break entre novembro e dezembro”, salientou Proença, recordando a época atípica de 2022/23 em que haverá uma paragem devido ao Mundial do Qatar.

“Modelo do futebol português? Direi que nós temos um modelo de negócio muito subjacente no desenvolvimento do jovem jogador. Temos capacidade para produzir talento não só português, mas também do jogador estrangeiro que vem para uma liga que é altamente competitiva. Não podemos refutar aquilo que é a nossa realidade, um campeonato alimentador das principais ligas”, acrescentou.