Macau anunciou esta quarta-feira um máximo diário de casos de Covid-19, mas as autoridades de saúde rejeitaram para já a hipótese de se avançar para um confinamento total da cidade.

O território detetou mais 146 casos na terça-feira e 81 até às 16h00 de hoje (09h00 em Lisboa), com o número de infetados do atual surto de Covid-19 a subir para 1.168, no momento em que os mais de 680 mil habitantes estão a ser alvo de três testagens massivas esta semana, um total de seis desde 19 de junho.

Milhares de pessoas estão em quarentena em hotéis e partes da cidade estão isoladas, com o território a seguir a política do interior da China de zero casos.

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Na conferência diária, as autoridades afastaram para já o cenário de confinamento total, mas, apesar de admitirem essa possibilidade, criticaram “os rumores na Internet” de que se vai avançar para essa medida, lembrando que isso pode levar a uma corrida aos supermercados por parte da população, aumentando os riscos de contágio.

Por outro lado, apelaram aos empregadores que criassem condições para que as empregadas domésticas pernoitassem nas suas casas, de forma a proteger sobretudo as crianças e idosos.

Um pedido que foi justificado pelo facto de ser justificável que estas partilhem os espaços onde habitam com várias pessoas e de boa parte dos casos de infeção ter sido detetada entre trabalhadores ligados à segurança e de limpeza.

Macau registou no domingo as duas primeiras mortes por Covid-19.

As autoridades anteciparam o final do ano letivo, suspenderam o funcionamento dos serviços públicos, reduziram os serviços de transportes públicos e ordenaram o encerramento de estabelecimentos, com os supermercados a manterem as portas abertas, mas com os restaurantes apenas a poderem vender comida para fora.