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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 133.º dia de conflito

Este artigo tem mais de 1 ano

Os bombardeamentos continuam em Kharkiv e intensificaram-se na região de Donetsk. O Reino Unido vai treinar 10 mil soldados ucranianos e Lavrov fala em "violação da etiqueta diplomática".

Russia-Ukraine war
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Anadolu Agency via Getty Images

Anadolu Agency via Getty Images

A Rússia continua a ofensiva em território ucraniano. Aliás, Zelensky admitiu na última comunicação feita que o exército russo “não faz nenhuma pausa” e “tem uma função, que é tirar a vida das pessoas”. E o Ministério Público ucraniano fez esta quarta-feira um balanço do número de crianças que foram vítimas desta guerra, que entra agora no 133º dia: 346 morreram e mais de 645 ficaram feridas.

Por sua vez, o Ministério da Defesa russo revelou que a Rússia terá destruído dois sistemas avançados de foguetes HIMARS fabricados pelos EUA e os seus depósitos de munições no leste da Ucrânia.

A Ucrânia está a perder a batalha do Donbass. Mas estará a perder a guerra?

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Os bombardeamentos continuam a zona leste e nordeste do país e o próximo objetivo de Moscovo será conquistar a cidade de Sloviansk, situada na zona leste da Ucrânia. Esta cidade é um ponto fundamental para a Rússia, já que se traduz num grande passo para o domínio da região do Donbass.

O presidente da Duma alertou os EUA que ações contra bens russos no exterior poderão levar a possível reivindicação do Alasca por parte de Moscovo, Zelensky afirmou que as armas doadas pelo Ocidente finalmente estão a ter efeito no território, e um grupo de hackers russos publicou uma lista de alegados agentes dos serviços secretos ucranianos.

O que aconteceu no final de tarde e durante a noite?

  • O responsável da administração militar de Zaporíjia, Oleksandr Starukh, afirmou hoje que a ponte entre os territórios ocupados das cidades de Melitopol e Tokmak explodiu esta quarta-feira.
  • O eurodeputado espanhol Juan Fernando López Aguilar reclamou hoje da União Europeia uma “mudança de visão” que garanta tratamento igual, “digno”, a todos os refugiados, independentemente das zonas de conflito de onde são oriundos.
  • Bielorrússia diz que Polónia seria o primeiro alvo militar numa guerra. O anúncio foi feito pelo vice-comandante do Estado-Maior General das FA bielorrusso.
  • O chanceler alemão acusou hoje a AfD de ser “o partido da Rússia” em resposta ao pedido desse grupo de suspender as sanções contra aquele país como medida para combater a inflação e o aumento dos preços da energia.
  • Governo da Geórgia garante que fará tudo para evitar confrontos com a Rússia, já que isso significaria a destruição do país, e manifesta confiança em obter o estatuto de candidato à União Europeia.
  • O eurodeputado francês Raphaël Glucksmann afirmou que a desinformação faz parte de uma estratégia da Rússia. “O objetivo não é convencer as pessoas”, “pretendem criar é o caos”.
  • O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas disse esta quarta-feira que os seus militares bloquearam as unidades inimigas que avançavam em direção à cidade de Sloviansk, na região de Donetsk, que é um potencial alvo de Moscovo.
  • Segundo a NASA, desde o início da invasão russa, as tropas de Moscovo já ocuparam cerca de 22% da terra fértil da Ucrânia.
  • Vyacheslav Volodin, presidente da Duma — a câmara baixa do parlamento russo — disse hoje que os Estados Unidos da América deveriam lembrar-se que o Estado do Alasca foi russo e que Moscovo poderia começar a reclamá-lo. Por seu lado, o vice-presidente da Duma, Pyotr Tolstoy, propôs um referendo no Alasca para decidir o destino daquele Estado norte-americano.
  • Um grupo de piratas informáticos russos publicou esta quarta-feira uma lista de mil alegados agentes dos serviços secretos ucranianos, que acusou de representarem um perigo para a Rússia.
  • O líder militar administrativo de Severodonetsk, Oleksandr Striuk, disse hoje que cerca de sete a oito mil pessoas permanecem na cidade. Oleksandr Striuk alertou para o futuro da população que permaneceu em Severodonetsk, e que “viverá em condições horríveis”, sem água, gás ou eletricidade.
  • Um drone de combate Bayraktar TB2 foi transferido da Lituânia para a Ucrânia durante esta tarde, avançou o ministro da Defesa lituano, Arvydas Anusauskas.
  • O helicóptero e o avião de um aliado de Putin foram entregues às autoridades ucranianas, ficando ao serviço de Kiev. As aeronaves “foram entregues para as necessidades das Forças Armadas”.
  • A Rússia aprovou hoje uma lei que prevê penas pesadas para quem apele à realização de ações que ponham em causa a segurança, numa altura em que Moscovo suprime todas as vozes de oposição à ofensiva militar na Ucrânia.
  • O Presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris, falaram com a mulher de Brittney Griner, a basquetebolista norte-americana que está detida na Rússia desde fevereiro. Biden tranquilizou Cherelle Griner de que está a “trabalhar para garantir a libertação de Brittney o mais rápido possível”, bem como a “libertação” de “outros cidadãos dos EUA que estão injustamente detidos ou reféns na Rússia e em todo o mundo”.
  • O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky agradeceu hoje o reconhecimento do senado da Irlanda do genocídio do povo ucraniano pelas tropas russas. Zelensky reuniu-se com o primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, em Kiev, onde terá sido discutida a resposta conjunta à crise energética, à segurança alimentar e a preparação de um sétimo pacote de sanções contra Moscovo.
  • A informação avançada pelo Ministério da Defesa da Rússia que dava conta da destruição de dois rockets americanos pelas tropas de Moscovo foi desmentida pelas Forças Armadas da Ucrânia.
  • O cadáver do multimilionário russo Yurii Voronov, ligado à Gazprom, foi descoberto esta segunda-feira com um tiro na cabeça, em São Petersburgo. O oligarca de 61 anos — diretor de uma empresa de logística ligada à Gazprom — é assim o sexto elemento ligado à empresa de gás estatal russa a aparecer morto este ano. O seu corpo foi descoberto a flutuar numa piscina na sua mansão, que se localiza num condomínio de elite.
  • Dmitry Medvedev, vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, avisou hoje os Estados Unidos da América que os esforços em auxiliar as investigações das ações de Moscovo na Ucrânia poderão levar a uma “situação apocalíptica”. Medvedev acusou os EUA de tentarem “espalhar o caos e a destruição pelo mundo pelo bem da ‘verdadeira democracia’”.
  • Cerca de 8,7 milhões de ucranianos deixaram a Ucrânia desde o início da guerra, em 24 de fevereiro. O anúncio foi feito pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
  • Bucha. O relato de Ivan Skyba, o único sobrevivente de uma execução em série. É um dos nove homens da imagem que se tornou quase icónica de Bucha. Escapou ao pelotão de fuzilamento porque se fingiu de morto.
  • O Ministério da Defesa russo anunciou que Donestk está a preparar-se para um possível ataque ucraniano com recurso a gás cloro.

O que aconteceu durante a manhã e o início da tarde?

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, criticou a posição do Japão em relação à invasão da Rússia à Ucrânia. O representante de Moscovo referiu que “o Japão está a tomar um posição muito hostil em relação à Rússia”, que “não ajuda a facilitar as relações entre o comércio e a economia, incluindo a discussão sobre energia”.

Modelo brasileira Thalita Do Valle estava em Kharkiv a lutar pela Ucrânia e morreu depois de um ataque russo.

Modelo brasileira morre a lutar pela Ucrânia

A Letónia deverá restabelecer o serviço militar obrigatório num momento em que a tensão com a Rússia é crescente.

O Parlamento Europeu não se opôs ao Ato Delegado Complementar de Taxonomia da União Europeia, “que classifica o gás fóssil e o nuclear como atividades verdes”.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, assegurou, num encontro com o embaixador russo na China, Andrey Denisov, que Pequim quer “fortalecer a coordenação estratégica” com Moscovo e aprofundar a cooperação através da ONU ou do G20.

Ingrida Šimonytė, primeira-ministra lituana, revelou que o país vai enviar para a Ucrânia mais 10 milhões de euros para ajuda militar, humanitária e para restaurações urgentes.

O Sri Lanka, país envolvido numa crise económica sem precedentes, pediu ajuda à Rússia no acesso a combustíveis e na retoma de voos turísticos, anunciou o Presidente, Gotabaya Rajapaksa.

Gotabaya Rajapaksa, Presidente do Sri Lanka, revela ter estado ao telefone com Vladimir Putin para pedir apoio ao crédito para importar combustível para a nação que enfrenta a maior crise económica de sempre.

O que aconteceu durante a madrugada e início da manhã?

Soldados ucranianos já estão no Reino Unido para treinos militares. O objetivo é treinar 10 mil novos soldados ucranianos, num pacote de mais de 2 mil milhões de euros de ajuda dado pelos britânicos.

O governador regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, pediu às 350 mil pessoas que ainda vivem em Lugansk para que saiam o mais rápido possível. Em causa está o aumento da ofensiva russa.

Embaixadora da Ucrânia em Portugal defende condenação de Putin como “criminoso de guerra”

António Guterres falou esta terça-feira sobre o futuro da Ucrânia, referindo que a reconstrução deste território será “um longo caminho”, que “deve começar agora”. A reconstrução de casas, hospitais, escolas e outras infraestruturas “levará anos”.

No seu relatório diário, o ministério da Defesa do Reino Unido adiantou que a Rússia “continua a consolidar o seu controlo” em Lysychansk e em Lugansk. E a próxima luta estratégica deverá ser por Sloviansk, onde os ataques se intensificaram nos últimos dias.

Em Sloviansk, aliás, pelo menos duas pessoas morreram e sete ficara feridas, na sequência de vários ataques russos. “Os russos estão novamente a atacar deliberadamente locais onde se encontram civis”, disse Pavlo Kyrylenko.

Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, continua a ser alvo de ataques. Os mísseis lançados pelos militares de Moscovo nas últimas horas destruíram uma escola.

Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, considerou que a divulgação integral do conteúdo de uma chamada entre Macron e Putin foi uma “violação da etiqueta diplomática”.

Desde o início da guerra, morreram 346 crianças e mais de 645 ficaram feridas. Segundo o Ministério Público ucraniano, a região de Donetsk é a que regista mais crianças feridas e mortas. Kharkiv e Kiev surgem depois.

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