O Parlamento Europeu validou esta quarta-feira a classificação de nuclear e do gás como fontes de energia economicamente sustentáveis do ponto de vista ambiental, ao rejeitar uma moção de objeção à polémica proposta da Comissão Europeia.

Para a proposta do executivo comunitário ser vetada, a moção precisava de reunir 353 votos (maioria absoluta) na votação esta quarta-feira realizada no hemiciclo de Estrasburgo, França, mas teve apenas 278 votos a favor (328 contra e 33 abstenções), pelo que o ato delegado sobre a taxonomia (sistema de classificação para investimentos ‘verdes’) deverá entrar em vigor a partir de 1 de janeiro do próximo ano, caso o Conselho (Estados-membros) também não levante objeções até à próxima segunda-feira.

Em março passado, a Comissão Europeia propôs um regulamento delegado denominado “taxonomia climática da UE” para incluir atividades específicas nos domínios da energia nuclear e do gás, sob determinadas condições, na lista de atividades económicas sustentáveis do ponto de vista ambiental, o que desencadeou uma forte polémica e divisões, incluindo nas bancadas parlamentares.

Uma vez que a Comissão Europeia considera que o investimento privado em atividades relacionadas com o gás e a energia nuclear tem um papel a desempenhar na transição ecológica, propôs a classificação de determinadas atividades nestes domínios como atividades de transição que contribuem para atenuar as alterações climáticas, podendo estas beneficiar assim de fundos.

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