O nome está decidido: pai e mãe concordaram que se chamará David. E David certamente concordará, quando for mais crescido, que a história do seu nascimento é invulgar. Sala de partos não houve, porque este bebé revelou-se um autêntico “especial de corrida” e não quis esperar mais. Deu sinais à mãe, a mãe transmitiu ao pai e este encostou. Na berma, quando iam a caminho do hospital. Na rádio não passava a conhecida música “Born To Be Wild” de Steppenwolf, mas podia: David nem esperou que a mãe saísse do banco do “pendura”, à procura de uma posição mais cómoda no banco de trás. Também não esperou por médicos nem enfermeiros. Nasceu com a assistência do pai, orientado remotamente por uma parteira, a bordo de um Mustang Mach-E, o SUV eléctrico da Ford.

Mustang Mach-E é um bom eléctrico. Mas poderá bater a concorrência?

A marca da oval azul anunciou, “com satisfação e alegria”, que se trata do primeiro nascimento de um bebé a bordo de um modelo a bateria da Ford. Mas, entre a surpresa e a satisfação de tudo ter corrido bem, o construtor também acaba por admitir que uma situação deste tipo está longe de fazer parte do programa de desenvolvimento de qualquer automóvel.

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Levamos muito a sério os testes durante o desenvolvimento dos nossos veículos, mas, honestamente, dar à luz no banco do passageiro da frente não consta dos nossos programas de testes habituais”, confessou o presidente e CEO da Ford, Jim Farley.

Quem também não estava preparado para esta aventura era o casal Vingsted. Christine e Jens aguardavam o rebento, mas não contavam com um nascimento fora da “normalidade”. O par dinamarquês já tinha alguma experiência na matéria, adquirida com o nascimento de Thomas, o primeiro filho do casal. Daí que, quando Christine começou a ter as primeiras contracções, ambos achassem que estava tudo sob controlo, com tempo de sobra para chegar ao hospital.

Nesta dupla faltava incluir um terceiro elemento, David, e foi ele quem teve a última palavra. Segundo relata a Ford, as águas de Christine rebentaram pouco depois de o casal ter arrancado em direcção ao hospital. Mas, ao contrário do mano, que só nasceu após umas longas 48 horas de trabalho de parto, David estava com pressa para se juntar à família. É o primeiro “filho” do Mustang Mach-E, não por falta de energia na bateria do Ford para chegar à maternidade, mas por uma aparente vontade de deixar bem clara a sua… autonomia.

Certo é que o casal de Ringsted, a braços com um novo “desafio”, não deixa de reconhecer que, apesar de diferente, este parto “foi uma experiência muito agradável”. E o CEO da Ford encontrou no inusitado nascimento uma forma de materializar a ligação à marca: “Gostamos de pensar nos nossos clientes como membros da família e, neste caso, isto corresponde inteiramente à verdade.”

Agora, é só esperar que David cresça e fique habilitado a conduzir, para saber até que ponto estica o cordão umbilical, isto é, que carro escolherá o baby Mach-E para dar umas voltas. Ou trocar as voltas à família…