Primoz Roglic (Jumbo-Visma) deslocou esta quarta-feira um ombro, numa queda na parte final da quinta etapa, e pediu uma cadeira emprestada a um espetador para voltar a colocá-lo no sítio, seguindo em prova na Volta a França em bicicleta.

Estou feliz por poder continuar. Tive que me sentar por um momento para colocar o meu ombro no sítio. Foi muito doloroso, mas eu sei, por experiência, como agir nessa situação”, declarou o ciclista esloveno, que caiu a cerca de 30 quilómetros da meta.

Roglic não conseguiu executar a técnica na estrada, pelo que teve de sentar-se na cadeira de um espetador para colocar o ombro novamente no lugar. “Aí, funcionou”, completou.

“Foi muito difícil depois da minha queda, mas fizemos tudo o que podíamos. Agora, temos de perceber como posso continuar neste Tour”, notou, depois de ter sido 61.º na etapa, a 02.59 minutos do vencedor, o australiano Simon Clarke (Israel-Premier Tech), e a mais de dois minutos do bicampeão em título, o seu compatriota Tadej Pogacar (UAE Emirates).

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Sempre parco em palavras, o vice-campeão do Tour2020 escusou-se a comentar se perdeu as opções de lutar pela geral, na qual é agora 44.º classificado, a 02.36 do camisola amarela, o seu colega Wout van Aert.

“Ainda não pensei nisso, tenho de recuperar primeiro”, afirmou, prometendo que o conjunto neerlandês, que hoje teve uma jornada caótica, com as quedas de Roglic e Van Aert e a avaria de Jonas Vingegaard, vai continuar focado nos seus objetivos, o principal dos quais ganhar o Tour.

“Rogla”, de 32 anos, tem uma história de “desamor” com a Volta a França: em 2020, perdeu a vitória final, tida como “certa”, no contrarrelógio da penúltima etapa para o “novato” Tadej Pogacar, e, no ano passado, caiu na terceira etapa e desistiu seis dias depois, devido às lesões resultantes desse “azar”.