Depois de o juiz conselheiro Cid Geraldo ter pedido o seu afastamento de um dos processos em que José Sócrates é arguido, agora foi a vez de José Luís Lopes da Mota, juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, se declarar impedido de analisar um recurso do ex-primeiro ministro socialista.

Operação Marquês. Juíza da Relação declara-se “impedida” de apreciar recurso de Sócrates

De acordo com a revista Visão, Lopes da Mota justificou o pedido de escusa com um processo disciplinar de que foi alvo quando participou, enquanto procurador do Ministério Público, no processo Freeport. O agora juiz conselheiro foi condenado a uma sanção de 30 dias de suspensão por, alegadamente, ter pressionado colegas que estavam com a investigação. O pedido feito terá de ser analisado por três juízes conselheiros, que vão avaliar se este motivo apresentado justifica o seu afastamento do processo.

Inicialmente, o processo foi distribuído a um coletivo de três juízas do Tribunal da Relação de Lisboa — uma delas, Margarida Vieira de Almeida, declarou-se logo impedida e a defesa de José Sócrates pediu o afastamento das restantes. Nessa altura, foi então designado o juiz Cid Geraldo, que pediu escusa por ter participado na Operação Marquês e, depois disso, o processo foi atribuído a Lopes da Mota.

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