A moção de censura apresentada pela esquerda francesa contra o Governo de Elisabeth Borne vai ser discutida pela Assembleia Nacional na segunda-feira, com poucas probabilidades de ser aprovada.

A discussão da moção de censura e a sua votação vão acontecer a partir das 16h00 locais e deverá durar pelo menos duas horas e meia, já que todos os grupos políticos presentes no hemiciclo se vão exprimir sobre esta proposta da esquerda.

O anúncio desta moção de censura foi feito após a primeira-ministra dar a entender que não iria pedir um voto de confiança ao Parlamento — tradicional em França, mas não obrigatório.

As forças do Presidente Emmanuel Macron apenas detêm uma maioria relativa.

A moção de censura recolheu o apoio de todas as forças de esquerda que nas eleições formavam a coligação Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES), mas não deverá ser aprovada, já que para fazer cair o Governo é preciso uma maioria absoluta de 289 deputados e a esquerda apenas tem cerca de 150.

Por enquanto, tanto a direita como a extrema-direita mostraram-se contra esta moção de censura, sendo pouco provável que apoiem esta iniciativa da esquerda.

Os deputados franceses, que tomaram posse no final de junho, podem ver as suas férias de verão encurtadas, já que terão de votar novas leis sobre a Covid-19 e também um pacote de ajuda ao poder de compra em França, entre os quais um cheque alimentar e outros subsídios para o alojamento, alimentação e energia, cujos preços subiram devido à inflação.

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