A confederação das cooperativas agrícolas lamentou esta sexta-feira o atraso no pagamento do apoio excecional aos agricultores, que o Governo garantiu que terá início hoje, considerando-o “reprovável e inaceitável” perante a crise.

A Confagri [Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal] manifesta profunda preocupação pela circunstância das datas assumidas para o pagamento do apoio excecional de crise não terem sido, mais uma vez, cumpridas”, apontou, em comunicado.

Esta confederação defendeu ser “reprovável e inaceitável” o atraso, sobretudo, num contexto de crise, com a subida dos custos de produção, taxas de juro e falta de liquidez.

O Ministério da Agricultura e Alimentação garantiu que os pagamentos no âmbito do Apoio Excecional de Crise vão ter início esta sexta-feira.

Para a Confagri, esta informação “cria novas expectativas, que terão que ser forçosamente cumpridas”.

As cooperativas agrícolas apelam assim a uma “atempada transferência” dos fundos, de modo a que os compromissos sejam cumpridos com os agricultores nas datas previstas.

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A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) disse esta sexta-feira, em comunicado, que a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, se comprometeu, em 21 de abril, a liquidar antecipadamente uma determinada verba da Política Agrícola Comum (PAC) até 30 de maio, o que não aconteceu, tendo sido adiado para junho e depois para esta sexta-feira.

“Em consequência da promessa da ministra, os agricultores anteciparam decisões financeiras, firmaram contratos e encomendas junto de fornecedores e assumiram responsabilidades. As situações de incumprimento em que muitos agricultores se encontram, decorrem, diretamente, da falta de cumprimento da palavra da ministra da Agricultura”, afirmou, citado no mesmo documento, o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa.

Em resposta à Lusa, o Ministério da Agricultura garantiu que ainda esta sexta-feira irá ser divulgado um comunicado a dar conta do início do pagamento.

A CAP precipitou-se nas críticas. O dia não terminou ainda e o Ministério da Agricultura e da Alimentação não está em falta em relação ao afirmado anteriormente”, quando anunciou ser de prever que os pagamentos tivessem início a partir da semana de 4 de julho, sublinhou.

O executivo recordou ainda que o período para apresentação de candidatura ao Apoio Excecional de Crise esteve inicialmente aberto até 31 de maio e que foi alargado até 9 de junho “a pedido das confederações” de agricultores.

Segundo dados do ministério, dos 500 milhões de euros disponibilizados para este apoio, as candidaturas apresentadas pelos agricultores correspondem a 241 milhões de euros de apoio, correspondendo a 36.153 candidaturas.