Os limites de concentração de ozono no ar foram este sábado ultrapassados nos concelhos de Coimbra e da Amadora, afetando a qualidade do ar nestes locais, com potenciais efeitos na saúde da população, anunciaram as respetivas comissões de coordenação regional.

As entidades regionais alertaram posteriormente para a ultrapassagem dos limites de ozono nos concelhos de Ílhavo e de Aveiro, no centro do país, e em Almada e Vila Franca de Xira, na região de Lisboa.

Num comunicado, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro informou que na estação do Instituto Geofísico do concelho de Coimbra foi registada este sábado, entre as 13h00 e as 14h00, uma concentração média horária de 188 microgramas por metro cúbico (µg/m³) de ozono no ar, que aumentou para 240 microgramas entre as 14h00 e as 15h00, afetando quem se encontra nas freguesias de Almedina, Santa Cruz, São Bartolomeu, Sé Nova, Eiras, Santa Clara, Santo António dos Olivais e São Martinho do Bispo.

A CCDR do Centro alertou também para os valores registados na estação de Ílhavo (Aveiro), entre as 14h00 e as 15h00, para 181 microgramas por metro cúbico – um valor que obriga ao aviso à população sobre concentração de ozono no ar -, que afetou no concelho de Ílhavo as freguesias Aradas, Esgueira, Glória, Santa Joana e São Bernardo, além de freguesias do concelho de Aveiro, nomeadamente as de Gafanha da Encarnação, Gafanha da Nazaré, Gafanha do Carmo e São Salvador (as restantes freguesias do Concelho de Aveiro pertencem à Zona Litoral Noroeste do Baixo Vouga).

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Pelo seu lado, a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo informou que na estação da Reboleira, no concelho da Amadora, os limites de concentração de ozono no ar foram ultrapassados entre as 13h00 e as 14h00, para 187 microgramas por metro cúbico.

A CCDR-LVT acrescentou posteriormente que também foram ultrapassados os limites, entre as 14h00 e as 15h00, nos concelhos de Almada, na estação do Laranjeiro (191 µg/m³), e de Vila Franca de Xira, em Alverca (194 µg/m³).

O valor de concentração de ozono definido como limiar de informação para este poluente, que causa potencialmente problemas de saúde, é de 180 microgramas por metro cúbico.

A concentração excessiva de ozono afeta a qualidade do ar com efeitos sobretudo em grupos da população mais sensíveis, tais como crianças, idosos, asmáticos e pessoas com outras doenças respiratórias ou cardíacas.

Os sintomas da exposição a este poluente “afeta, essencialmente, as mucosas oculares e respiratórias, podendo o seu efeito manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações nos olhos”, salienta a CCDR-LVT, alertando ainda que, enquanto esta situação se mantiver, é recomendável que estes grupos da população que se encontrem nos locais afetados “reduzam ao mínimo a atividade física intensa ao ar livre e evitem a permanência no exterior“.

A CCDR do Centro acrescenta que devem ser evitados fatores de risco, tais como fumar e utilizar ou contactar com produtos irritantes, como os que contém solventes (ex. gasolina, tintas e vernizes), que devem ser respeitados os tratamentos médicos em curso e recorrer a cuidados médicos, em caso de agravamento de eventuais sintomas.