A Dinamarca e a Hungria já estavam confirmadas no próximo grupo da main round, o número de pontos no arranque da segunda fase estava ainda por definir. Depois das goleadas frente a Polónia e Noruega a abrir o Campeonato da Europa Sub-20, a Seleção iria definir agora com a Espanha o primeiro lugar do grupo 1, com reflexos depois no próximo grupo perante a possibilidade de começar com mais dois pontos do que os rivais ibéricos e os húngaros, que perderam antes com os dinamarqueses. Um jogo que, não sendo decisivo, poderia ser um passo importante rumo às meias-finais após uma exibição na passada sexta-feira onde a capacidade defensiva acabou por imperar face à grande arma da equipa nacional: o ataque.

Mais uma vitória, mais uma presença na main round: Portugal bate Noruega e garante apuramento para a segunda fase do Europeu Sub-20

“Perdemos bolas que não são normais nesta equipa no ataque e, contrariamente ao que tem sido, a chave da nossa vitória foi a defesa, quer o Gabriel [Cavalcanti] quer o Miguel [Oliveira] estiveram excelentes no centro da defesa, assim como o Rêma [Diogo Marques]. Nunca perdemos o controlo do jogo e, quando não se joga bem e ganhamos por nove de uma maneira inequívoca, é um bom sinal para esta equipa”, referira Carlos Martingo. “O primeiro objetivo intermédio era conseguir o apuramento para a main round, isso foi concretizado. Agora o objetivo é ir com pontos e isso passa por ganhar à Espanha. Se tivermos uma prestação defensiva como a que tivemos, estaremos mais perto”, frisou antes do jogo em Gondomar.

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O pedido do selecionador nem sempre foi cumprido, com algumas fases de maior fulgor defensivo a terem depois contraste com períodos de vários golos sofridos em ataques rápidos ou contra-ataques mas o “coração” da equipa voltou a ser decisivo para uma vitória por 36-35 carimbada a cinco segundos do final com um golo de Francisco Costa, com outra exibição de sonho a par do irmão Martim (14+10 golos).

Portugal teve uma entrada melhor na partida, chegando perto dos cinco minutos iniciais de jogo com uma vantagem de 4-1, mas a Espanha aproveitou da melhor forma uma série de erros ofensivos em jogadas sem remate para ir consumando a reviravolta, fazendo um parcial de 4-0 que colocou a formação visitante na frente e conseguindo vantagens máximas de dois golos que foram marcando a primeira parte até ao 16-15 que se registava ao intervalo depois de mais um remate certeiro de Francisco Costa a acabar.

No segundo tempo, um parcial no arranque de 3-0 voltou a coloca Portugal na frente do marcador (20-18), uma condição que foi mantendo sempre e com uma vantagem máxima de quatro golos a 15 minutos do final (29-25). No entanto, e apesar do trabalho ofensivo dos irmãos Costa nas laterais, a Espanha deu passos para reentrar na partida, voltando a empatar o encontro já nos minutos finais com um golo de Moreno Rodríguez que fez o 34-34 após duas jogadas com exclusões nas duas equipas (13 no total) mas Francisco Costa, que acabou com 14 golos, deu a vitória por 36-35 a cinco segundos do final.