O Chega quer que todos os anos em outubro a Assembleia da República tenha à disposição um relatório sobre “o que correu mal, a percentagem de terra ardida e o que falhou em termos de controlo operacional” nos incêndios no país. O anúncio foi feito por André Ventura, no final de uma manhã nas jornadas parlamentares do partido onde se discutiu a educação.

As notícias dão conta já do reacendimento de um dos incêndios que tem lavrado nos últimos dias em Portugal e Ventura diz que o partido vai “desafiar toda a oposição” para chegar a um consenso. “Estamos no início e já estamos com uma trapalhada no SIRESP, na coordenação de bombeiros, da Proteção Civil e do MAI”, acusou o líder do Chega.

“É algo que podemos consensualizar no Parlamento e é algo em que o Governo até poderia ter interesse em trabalhar, para não andarmos todos os anos com novos processos-crime, como novos processos de averiguação, propostas de comissões de inquérito”, realçou.

Considerando “jocoso” o comentário de António Costa sobre as “mãozinhas” nos incêndios em Portugal, Ventura diz que isso, além de não corresponder inteiramente à realidade (dado que nem todos os incêndios têm mão humana), também dá razão ao Chega: “Temos mesmo de fazer alguma coisa”.

Dirigindo-se ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que na segunda-feira considerou que “não se justifica” a classificação de “terrorista” para os incendiários, André Ventura diz que o ministro “está muito enganado” e que “começa mal”. “Em 2020, de todos os detidos por fogo posto, 20% são reincidentes. O senhor ministro está muito enganado”.

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