A taxa de reciclagem no Porto ultrapassou 40% no primeiro semestre do ano, o equivalente a 76,39 quilos de resíduos reciclados por habitante, revelou esta terça-feira a autarquia, adiantando que a recolha seletiva de resíduos e de orgânicos cresceu.

Em comunicado, a Câmara do Porto adianta que o município atingiu, nos primeiros seis meses, uma taxa de reciclagem de 41,53%, “superando os valores de fecho de 2021”, que se fixaram em 39,26%, e “posicionando-se bastante acima da meta traçada no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU 2020), de 31%”.

Os números são ainda mais expressivos considerando o valor médio por pessoa, com um aumento de 10% face a 2021 (69 quilogramas por habitante por ano), a permitir que, só neste período, fossem alcançados os 76,39 quilogramas por habitante por ano, ultrapassando em larga medida a meta de 61 quilogramas por habitante por ano”, destaca o município.

Os dados revelam ainda que nestes primeiros seis meses de 2022 houve um crescimento “expressivo” na recolha seletiva de orgânicos, “em mais de 80%, com uma recolha superior a 4.600 toneladas”, representando cerca de 30% do total de resíduos recolhidos separadamente.

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na recolha seletiva de resíduos (papel, embalagens e vidro), o aumento foi “significativo”, tendo-se fixado em 22,72%.

Tanto na recolha seletiva de orgânicos, como de resíduos, os valores atingidos foram os “mais elevados dos últimos sete anos”, nota a autarquia.

A “combinação do esforço dos portuenses” e o “trabalho desenvolvido pela Porto Ambiente (empresa municipal) permitiu evitar a emissão de cerca de 7.276 toneladas de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, “um contributo vital para atingir a meta da neutralidade carbónica na cidade”.

Os indicadores do primeiro semestre seguem a trajetória de crescimento dos últimos anos, com a cidade a superar as metas estabelecidas, fruto de uma maior consciencialização das pessoas, mas também do compromisso da Porto Ambiente com as melhores práticas”, considera o município, lembrando que este semestre ficou também marcado pelo alargamento da recolha seletiva de resíduos porta-a-porta a mais de 1.100 famílias na zona das Antas.

A Câmara do Porto sublinha ainda que a cidade “consolida a sua posição como cidade Aterro 0, evitando apenas 0,01% do total de resíduos produzidos para este destino”.