O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo subiu esta quarta-feira o estado de alerta para o nível vermelho na área geográfica que abrange, “devido às elevadas temperaturas que se têm sentido e que vão continuar nos próximos dias”.

Em comunicado, o coordenador do ACES do Médio Tejo, José Manuel Cunha, afirma que as elevadas temperaturas exigem uma atenção especial, sobretudo junto dos mais idosos, em particular dos que residem em habitações insalubres ou que sofrem de doenças crónicas.

Durante as ondas de calor, a melhor maneira de evitar consequências nefastas na saúde (…) é evitar a exposição”, lê-se na mesma nota, que elenca um conjunto de recomendações, como manter a hidratação aos idosos e garantir conforto térmico à população mais frágil.

O ACES Médio Tejo recomenda, nos casos em que as casas não ofereçam isolamento suficiente, que os idosos sejam deslocados para a residência de familiares ou para os abrigos temporários identificados em cada freguesia, salientando que a articulação deve ser feita com as juntas de freguesia das áreas de residência.

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A população idosa, por norma, toma muitos medicamentos, devido às suas comorbilidades. Deste modo, deve ser assegurado que os medicamentos são mantidos a temperaturas abaixo dos 25°C, colocando no frigorífico durante este período de calor intenso. A lista de medicamentos deverá estar atualizada”, acrescenta.

José Manuel Cunha apela, ainda, a que os idosos que não tenham acompanhamento familiar sejam referenciados por quem os conhecer a uma autoridade local, “para que possam ser tomadas as necessárias diligências”.

O alerta vermelho na área da Saúde junta-se ao alerta vermelho do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), emitido terça-feira e em vigor até sexta-feira.

A presidente da Comissão Distrital de Santarém da Proteção Civil (CDPC), Anabela Freitas, disse quinta-feira à Lusa que o plano de intervenção em ondas de calor no distrito de Santarém seria acionado com a subida do nível de alerta da Saúde Pública para vermelho, devido às altas temperaturas.

Segundo a também presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e da Câmara de Tomar, as Comissões Municipais de Proteção Civil (CMPC) vão reforçar a informação sobre as medidas previstas no plano de intervenção em ondas de calor, sobretudo junto dos presidentes das juntas de freguesia, em particular daqueles que assumiram funções nas últimas autárquicas.

O plano, criado em 2015, prevê, nomeadamente, os locais, em cada uma das freguesias do distrito, para onde deverão ser levadas pessoas com maiores fragilidades e que residam em habitações sem condições climatéricas, como idosos, bem como a preparação das unidades hospitalares (que também integram a CDPC) caso venha a ser necessário a prestação de cuidados médicos, disse.